A Escola Estadual Alberto Pasqualini deu a largada no Programa Cipave, da Secretaria de Educação do Estado, através de lançamento que aconteceu ontem, 26, no ginásio da escola nos turnos da manhã e tarde. O Programa busca ações internas de combate à violência e ao bullying nas escolas e tem mobilizado alunos e professores do ensino fundamental ao médio.
O Programa Cipave (Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e Violência Escolar) é uma iniciativa estadual que busca orientar a comunidade escolar sobre as mais diversas situações que podem ocorrer no ambiente educacional, identificando situações de violência, planejando formas de prevenção e realizando ações de estímulo ao respeito e combate ao bullying. A Escola Alberto Pasqualini aderiu ao programa e, dentro dele, construiu o projeto Educação pela Paz, conforme a diretora Clessi Cenci Gambatto. “O objetivo é diminuir o índice de violência em todos os sentidos. Não só a violência física, mas a violência psiclógica e a violência com o patrimônio escolar”, conta. As professoras reuniram as turmas em atividades que trouxessem palavras de ordem remetendo à paz, como o amor e o respeito, e então foi realizada a apresentação de cada uma das turmas com o trabalho que desenvolveram. “E nós também queremos que o projeto ultrapasse os portões da escola, que chegue às famílias e à comunidade de cada aluno”, completou a diretora.
No turno da tarde, as crianças construíram uma centopeia, o símbolo da Cipave, que representa, de acordo com Clessi, a união das ideias e a importância do conjunto na hora de promover a paz. “É importante que o aluno saiba que através de pequenas ações se consigam grandes resultados, através do respeito e das boas maneiras dentro da escola, onde ele começa a construir atitudes de paz”, disse. As alunas Caliandra e Liviny, de 8 anos, contam que dentro da sala de aula elas já notam a mudança de comportamento, e conversam sobre temas como o bullying e o racismo. “Eu aprendi a não brigar e a respeitar os colegas”, disse a Isabela, também de 8 anos.
Dentre as ações no cronograma para efetivar o projeto estão teatros, campanhas do agasalho e alimento, desenvolvimento do Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência) e oficinas de artesanato e culinária. Além dos alunos, a escola também pretende envolver os pais em grupos de palestras e gincanas que promovam a mediação de conflitos e um maior envolvimento da família na vida escolar dos alunos. Apesar do lançamento do projeto ter acontecido nesta semana, a diretora Clessi nota uma mudança de comportamento nos alunos. “A gente tem percebido que o comportamento deles no recreio, que era muito agitado, estão mudando as atitudes. Os alunos estão mais calmos e respeitam mais um ao outro, a escola e os professores.”