A solenidade de casamento do príncipe Harry com a modelo Meghan teve significado inelutável, além da de todos os charmes cinematográficos da Corte Inglesa. Referimo-nos à importância cerimonial deferido à presença de representantes negros, desde a mãe da noiva, o arcebispo de Canterbury, ou o Coral de descendentes africanos, da Inglaterra. Alguém pode ter se surpreendido com o trepidante cenário bretão, povoado pela importância da cor negra, em vozes ou manifestação religiosa, ou a interpretação magistral do violoncelista negro Sheku Kanneh Hason, 19 anos. Certamente quem queria assistir babaquice viu perplexo que o respeito e o valor humano podem coexistir nas cortes da alta nobreza. E assim foi. Sabe-se que a história da Inglaterra teve momentos bem diferentes, nos últimos séculos. No primeiro momento apoiou a escravidão negra e dela se aproveitou para erigir o grande império anglicano. Depois, a participação no combate ao tráfico de escravos e a severa vigilância nos mares.
Sinal dos tempos
Os rituais de Windsor por certo não apagarão os séculos de dominação e soberba nas colônias em todos os quadrantes do continente. Observa-se, no entanto, um gesto de reflexão em Londres descortinando uma aurora do pensamento com o respeito fraterno. O casal da família Real causou a maior sacudida na sociedade elitizada.
Meurer
Após 23 anos como parlamentar, o deputado Nelson Meurer, PP, poderá ser condenado pelo STF, que volta a reunir-se na próxima terça-feira. É o primeiro julgamento na suprema corte de réu da Lava Jato.
Mensalão tucano
Depois de vinte anos o ex-governador tucano Eduardo Azeredo é condenado em segunda instância a 20 anos e 1 mês de cadeia por corrupção. Como se vê, o Brasil já era viciado em falcatrua política há muito tempo. A condenação surpreendeu tucanos que apostavam na prescrição. No PSDB surgiram os vovôs da propina moderna. Tem-se a impressão que a condenação de Lula abriu as portas da punição para o crime organizado no poder. É certo que muitos vão escapar, mas muitos serão punidos.
Alberto Dines
A morte do inspiradíssimo jornalista Alberto Dines marca uma época de busca pela verdade na imprensa Brasileira. Sua verve retumbante preservou cristalinamente a idéia do jornalismo escrito e televisivo, no tom sempre profundo e elevado. Nunca lhe faltou o saber de enorme talento. Deixa-nos aos 86 anos com a imagem de lutador intimorato em favor da liberdade de expressão.
Henrique Meirelles
Em matéria eleitoral não dá pra subestimar a força de uma candidatura. Embora pareça um escrúpulo no sapato da oposição, Henrique Meirelles lançado candidato do MDB é do poder e tem o partido mais forte. Bolsonaro terá que enfrentá-lo.
Tarso em documentário
A memória em produção cinematográfica de Tarso de Castro é documentário sobre trajetória de enorme apreço para cultura jornalística. Enfrentou duras jornadas que podem ficar despercebidas no seu estilo sarcástico e bem humorado, mas de forte ousadia desmistificadora. Talento invejável que semeou coragem invulgar ao desmistificar o poder arbitrário. A obra certamente merece ser conhecida no mundo.
Ricordi D’Itália
A semana que passou teve duas apresentações primorosas do Coral Ricordi D’Itália de Passo Fundo. Uma delas no hotel de Machadinho, com amplo repertório. No sábado o encontro de coros de música italiana no município de Protásio Alves. São três décadas de atividades artísticas e culturais, de um grupo voluntarioso liderado Glaci Bortolini, os mestres Teresinha Fortes, David Reginatto, a pianista Márcia Oltramari e o acordeonista Miguel Pereira.
Pedofilia
A Igreja Católica debate-se diante dos casos de pedofilia na sociedade clerical. O importante é dar transparência e combate a esta desfiguração de caráter de uma minoria. É bom esclarecer que essa deformação nada tem a ver com o celibato, que é considerado dom de se manter solteiro na vida religiosa. Não manter o celibato não é crime. Pedofilia é perversão, combatida pela humanidade, o Papa e toda a Igreja.