Estreia nas duas redes de Passo Fundo "Oito Mulheres e um Segredo", que traz um ótimo elenco feminino - Cate Blanchett, Anne Hathaway, Helena Bonham-Carter - liderado por Sandra Bullock. O longa de Gary Ross é uma versão conduzida por mulheres de "Onze Homens e um Segredo", filme de 1960 que foi refilmado no começo dos anos 2000 com o mesmo título e com elenco encabeçado por George Clooney, Brad Pitt e Matt Damon (e que teve, por sua vez, duas continuações). O filme original surgiu a partir da afinidade do elenco, que tem Frank Sinatra, Dean Martin e Sammy Davis Jr., entre outros. Eles faziam parte do "Rat Pack", grupo de artistas e atores que apareceram juntos em filmes e em apresentações nos palcos durante aquela década, principalmente na primeira metade dos anos 1960. Mesmo conhecido por ser um grupo masculino, mulheres como Shirley MacLaine, Lauren Bacall e Judy Garland também frequentavam as apresentações do bando. Nos anos 60, a ligação entre Martin e Sinatra era a "cola" do grupo, assim como nos três filmes dos anos 2000, foi a amizade dentro e fora das telas entre Clooney, Pitt e Damon que ajudaram a trama a, de certa forma, reproduzir a química entre os amigos na vida real. O filme de Ross junta as mulheres em torno de Bullock sem esses ingredientes extra-produção, mas, convenhamos, o grupo de atrizes tem reputação suficiente para justificar o ingresso, ainda mais em uma trama de golpe - quem, afinal, não gosta das reviravoltas desse tipo de história? (a melhor de todas ainda é "Golpe de Mestre", de 1973)
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TÚNEL DO TEMPO - HISTÓRIA DO CINEMA
Há quarenta anos os quadrinhos começaram a ganhar respeitabilidade quando a Warner apostou alto em uma adaptação de SUPERMAN para os cinemas. Aliás, apostou alto é pouco: pagou uma fortuna para Marlon Brando fazer uma pequena aparição no começo do filme e trouxe Gene Hackman para encarnar o vilão Lex Luthor, além de promover uma busca insana pelo desconhecido (o diretor Richard Donner não queria um rosto famoso no papel para facilitar a identificação com o personagem, e não com outros papéis famosos) que acabou sendo Christopher Reeve. Com a frase promocional "Você vai acreditar que o homem pode voar" o filme foi a maior bilheteria do ano e mostrou que, mesmo com o bom humor de vários arcos no roteiro, os heróis podiam ganhar um tratamento sério no cinema. O filme teve uma boa continuação e outras duas patéticas, com cada vez menos orçamento, mas permanece clássico: a primeira aparição do Super-homem salvando Lois Lane da queda de um prédio e segurando com outra mão um helicóptero se tornou uma espécie de be-a-bá para filmes que vieram depois (O Spiderman de Sam Raimi, filmado em 2002, segue a receita do início ao fim). Demoraria mais de uma década para surgir um novo filme de herói com a mesma recepção e tratamento, o Batman, de Tim Burton, lançado em 1989, que finalmente iniciaria a série de boas adaptações que estourariam de vez nos anos 2000 até virarem a febre de hoje.
O pai de todos esses filmes, no entanto, ainda é o quarentão Superman de 1978...
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Se liguem fãs de blockbusters: "JURASSIC WORLD - Reino Ameaçado" tem estreia prometida, pelo menos na rede Arcoplex, na próxima quinta-feira (versão 3D e dublado).