Quando a verdade faz mal
As lavadeiras levaram a fama, mas logo depois era nos salões de beleza que a fofoca rolava solta. Visão machista, claro, pois nas oficinas o falatório era cheio de graxa e nas barbearias as línguas estavam mais afiadas do que as navalhas. De boca em boca, a mentira é propagada e pode transformar-se em tradição oral. E chega de tratar a fofoca como se fosse uma simples diversão. Não é uma brincadeira, pois é uma mentira. Sua propagação distorce a história, conduz às injustiças e multiplica preconceitos. Pode ser plantada por maldade, insanidade, ignorância ou explícita má-fé. A inverdade é um instrumento perigoso da malícia de uma conversa, uma carta ou um telefonema anônimo, um e-mail falso ou das insanidades que repassam pela internet. Quando alguém conta uma mentira sobre algum fato que eu conheço bem ou tenha vivenciado, então respondo dizendo que “não foi bem assim”! Por mais enérgico que seja o tom do meu desmentido, nem sempre é acatado. Parece que a mentira está incutida na razão e deixa as pessoas irracionais. Assim como as tragédias, as mentiras correm em alta velocidade. Crescem, ganham força e criam um escudo de ignorância para rechaçar a verdade. Em sua autopreservação, a mentira é pródiga em gerar dúvidas. Inclusive a inversão de valores, pois já utilizam as inverdades até mesmo para contrariar uma simples informação.
Mais lúmens
À noite os núcleos urbanos são identificados de longe, pois estão iluminados. Pela lógica, quanto maior a cidade mais intensa será a sua luminosidade. Sem medições ou equipamentos apropriados, apenas a olho nu, observo que Passo Fundo está fora dessa proporcionalidade. A penumbra urbana não é de agora, pois vigora há, no mínimo, uns 20 anos. Quem está habituado em cidades muito bem iluminadas, estranha ao chegar à noite em Passo Fundo. Ainda contamos com enormes postes que espalham irrisórios lúmens. Novas luminárias com lâmpadas LED foram instaladas, mas ainda não é o suficiente. Além disso, a iluminação pública poderia ganhar o reforço das luzes dos prédios, fachadas e luminosos comerciais. Que maravilha se pudéssemos ler um jornal à noite nos canteiros e calçadas da Avenida Brasil. Além disso, teríamos mais proteção e um brilho digno do porte da cidade.
Luzes vermelhas
Lembram-se das conhecidas luzes vermelhas? Não as que ficam à beira da pista, mas, sim, aquelas que sinalizam obras na pista? De simples confecção, utilizam baldes plásticos vermelhos para proteger as lâmpadas e propiciar uma luz vermelha de alerta. Uma solução prática para demarcar os locais em obras, especialmente os desvios. Obras urbanas de grande porte necessitam uma boa sinalização durante o dia e a noite. Será que os desvios para a pavimentação da Avenida Brasil não merecem uma sinalização noturna? Se há 50 anos lâmpadas incandescentes e baldes plásticos já resolviam, aposto que hoje, com tantos avanços tecnológicos, é ainda mais fácil. Com sinalização luminosa fica mais seguro, mais bonito e, ainda, valoriza a própria obra. Será que vai acender a luz vermelha?
Trilha sonora
O autor é Charles Aznavour. A voz potente e límpida é de Shirley Bassey: Yesterday When I Was Young
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