Catadoras da Coama fazem parte de exposição fotográfica

Exposição, que iniciou na terça-feira, 12 de junho, tem como objetivo mostrar o trabalho das mulheres da Coama, responsáveis pelo manuseio dos materiais recicláveis

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Exposição pode ser conferida no hall do prédio da Faed, Campus I, da UPFExposição pode ser conferida no hall do prédio da Faed, Campus I, da UPF
Exposição pode ser conferida no hall do prédio da Faed, Campus I, da UPF
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As fotos das catadoras da Cooperativa Amigos do Meio Ambiente (Coama) são tema de exposição durante o Mês do Meio Ambiente. A ação é uma proposta do Programa Comunidades Sustentáveis e do projeto de extensão “A leitura de mundo e da palavra no galpão da Coama”, vinculados à Vice-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da Universidade de Passo Fundo (VREAC/UPF). A exposição pode ser conferida no hall do prédio da Faed, Campus I, da UPF.

 

O nome da exposição é “Quem são essas trabalhadoras invisíveis?”. A ideia é mostrar o trabalho das mulheres da Coama, responsáveis pelo manuseio dos materiais recicláveis. A orientadora da exposição é a professora do curso de Artes Visuais da UPF, Cilene Maria Potrich, que conta com o auxílio dos alunos bolsistas Paidex, Geisi Decarli, do curso de Artes Visuais, e Cristiane Romero de Oliveira, do curso de Pedagogia. “É difícil as pessoas conhecerem uma catadora. Geralmente, elas são invisíveis aos olhos da sociedade. O objetivo é dar visibilidade a essas mulheres, que são extremamente dignas. Trabalham para ganhar dinheiro para sobreviver, mas elas também têm a percepção que se não fizessem esse trabalho, talvez a cidade fosse mais suja, o rio receberia mais lixo”, comenta a professora Cilene.

 

Desde fevereiro de 2017, a professora Cilene e suas alunas desenvolvem atividades de Arteterapia e Arte-Educação na Cooperativa, como forma de resgatar a autoestima, o respeito e a admiração por si mesmos e também pelos demais colegas com quem trabalham. Maria Carmelinda da Rosa é uma das catadoras que há mais tempo trabalha na Coama. “A gente é catadora porque a gente precisa trabalhar para pagar as contas e para viver. Faz 10 anos que eu trabalho aqui. Desde que entrei, nunca saí da Coama”, declara Maria, no texto abaixo da sua foto na exposição.

 

A importância da reciclagem do lixo e do papel das recicladoras também é destacada. “Ser catadora é olhar para aquilo que para os outros é lixo, pra nós é dinheiro, é o nosso sustento. O material que reciclamos paga minhas contas, paga minha comida. O lixo pra nós é uma mina de ouro”, ressalta a catadora Eliane de Moraes.

 

As fotos foram feitas pelos fotógrafos Guilherme Benck e Fabiana Beltrami. O projeto de extensão “A leitura de mundo e da palavra no galpão da Coama” é coordenado pela professora da Faed Elisabeth Maria Foschiera.

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