Coletas de água apontam situação do Rio Passo Fundo

Realizadas pela Etamb, empresa júnior ligada ao curso de Engenharia Ambiental da UPF, e pelo Muzar, coletas vão apresentar indicativos de qualidade de água

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Análise do material será conhecida em julhoAnálise do material será conhecida em julho
Análise do material será conhecida em julho
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Além de promover a interdisciplinaridade entre os cursos da Universidade de Passo Fundo, o Projeto Rio Passo Fundo - desenvolvido pelo Museu de Artes Visuais Ruth Schneider (MAVRS), com o apoio do Museu Histórico Regional (MHR), do Museu Zoobotânico Augusto Ruschi (Muzar) e do Comitê Rio Passo Fundo e realizada a partir do patrocínio do Programa CAIXA de Apoio ao Patrimônio Cultural Brasileiro 2017/2018 – tem, também, um papel importante junto à sociedade: depois de mapear as cidades que compõem a Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo e de elencar pontos importantes nesse trajeto, o Projeto realizou coletas de água com o objetivo de analisar aspectos físico-químicos e biológicos capazes de indicar a qualidade do recurso. Os dados serão apresentados no circuito de exposições que será aberto para a comunidade no mês de julho.


Etamb: em busca de dados e indicadores
Responsável por realizar parte das coletas, a Etamb – empresa júnior do curso de Engenharia Ambiental da UPF -, se envolveu no Projeto ainda em 2017. “Nos envolvemos com o objetivo de realizar as análises da água nos municípios que foram visitados. Realizamos a coleta, trouxemos o material para o laboratório e, então, realizamos as análises físico-químicas”, explica João Felié Freitag um dos membros que participou das expedições. No laboratório, o grupo inteiro se dividiu para realizar as análises e chegar aos resultados que serão apresentados nas exposições. “Depois de termos os resultados, colocamos em uma planilha, trabalhamos com cálculo e relacionamos os dados com aqueles apresentados pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) do Ministério do Meio Ambiente”, complementa o jovem que explica que as análises permitem obter resultados relacionados à 12 parâmetros diferentes: coliformes, pH, temperatura, Oxigênio Dissolvido, DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio), DQO (Demanda Química de Oxigênio), Nitrato, Fósforo, Sólidos Suspensos Totais, Eletrocondutividade, Cor e Turbidez.

Bioindicadores
Além disso, as coletas realizadas possibilitam, também, ter dados relacionados a bioindicadores que, de uma forma geral, indicam a característica da água coletada. Rocheli Ongaratto, bióloga e ligada ao Muzar, explica que bioindicadores são grupos de espécies ou comunidades biológicas cuja presença, abundância e condições são indicativos biológicos de uma determinada condição ambiental. “Os macroinvertebrados bentônicos têm sido amplamente utilizados como bioindicadores de qualidade de água e saúde de ecossistemas por apresentarem sensibilidade a diferentes concentrações de poluentes no meio, fornecendo ampla faixa de resposta frente a diferentes níveis de contaminação ambiental”, coloca.  

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