Empresa inicia levantamento na beira-trilho

Em razão da chuva, Justiça suspendeu medição prevista para hoje na ocupação Pinheirinho Toledo, no bairro Petrópolis

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Empresa de São Paulo realizou levantamento das moradias na rua Manoel PortelaEmpresa de São Paulo realizou levantamento das moradias na rua Manoel Portela
Empresa de São Paulo realizou levantamento das moradias na rua Manoel Portela
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Uma empresa de São Paulo, contratada pela Rumo Logística, iniciou na manhã de ontem, em Passo Fundo, o trabalho de medição da distância entre as casas e os trilhos da rede ferroviária. A iniciativa foi determinada pela Justiça Federal com o objetivo de identificar quantas e quais moradias estão dentro da chamada área de domínio (até 30 metros de distância do eixo ferroviário).


A primeira parte do trabalho aconteceu na rua Manoel Portela, bairro Annes. No local vivem cerca de 50 famílias na beira-trilho. A Rumo tentar reaver a área através de uma ação que tramita desde 2011. A Justiça Federal indeferiu o pedido de reintegração de posse e determinou a medição. Segundo o advogado Marcio Luiz Simon Heckler, o processo chegou a ser suspenso por cerca de um ano, para que a prefeitura encontrasse uma alternativa para realocar as famílias. Como não houve acordo, ele acabou reaberto novamente. Além de medir a distância das casas, os técnicos também conversaram e coletaram informações dos moradores para elaboração de um cadastro. O levantamento foi acompanhado por policiais federais e uma escrivã.


Medição suspensa
A segunda parte do trabalho, prevista para começar hoje, nas áreas 2,3 e 4 da ocupação Pinheirinho Toledo, bairro Petrópolis, próximo ao Sétimo Céu, foi suspensa pela Justiça, em razão da chuva. No local vivem aproximadamente 150 famílias.


A empresa, juntamente com o Departamento de Infraestrutura de Transporte (DNIT), havia ingressado com pedido de reintegração de posse alegando a existência de moradias instaladas dentro da área operacional. Em março do ano passado, a Justiça Federal de Passo Fundo, através da 2ª Vara, deferiu o pedido. A Comissão dos Direitos Humanos de Passo Fundo recorreu da decisão. Três meses depois, a Justiça suspendeu a reintegração em razão de dúvidas quanto à medição de algumas casas. Também determinou que a empresa realizasse uma nova medição da área, justamente para precisar quais e quantas casas ultrapassaram o limite estabelecido. A empresa terá de agendar uma nova data para realizar o levantamento.

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