UPF é tema de trabalho dos alunos da Escola Ernesto Tocchetto

Pesquisa sobre a Universidade de Passo Fundo foi desenvolvida por alunos da modalidade de Educação de Jovens e Adultos da escola

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Transformar o mundo por meio da educação. É com esse objetivo que os professores da Escola Ernesto Tocchetto trabalham todos os dias, ensinando a ler, escrever e a compreender o mundo nas suas mais diversas particularidades. Nessa quinta-feira, 05 de julho, a Universidade de Passo Fundo (UPF) foi destaque durante apresentação de um trabalho desenvolvido pelos alunos da modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA). Com cartazes e maquetes, os estudantes contaram um pouco da história dos 50 anos da UPF. 
 
De acordo com a diretora, professora Luciane Rebonatto, a escola possui há 12 anos EJA, contando atualmente com 13 turmas e cerca de 450 alunos nessa modalidade de educação. Conforme Luciane, a dedicação do corpo docente faz com que as dificuldades do trabalho sejam superadas. “Nosso grupo de professores é muito unido e percebemos que motivando o aluno, trabalhando com as dificuldades do dia a dia, faz com que ele permaneça na escola. Temos um índice pequeno de abandono, claro, tem aquele aluno que inicia e saí, mas é porque arrumou um emprego ou outra eventualidade, não sai simplesmente por não ter se adaptado”, explicou.
 
De acordo o vice-diretor da noite, Leocir Tomé, há vários anos a escola propõe um trabalho no semestre envolvendo todas as turmas, com o objetivo de promover a pesquisa, integração e liderança dos alunos. “ O tema é construído junto com eles e depois a equipe pedagogia distribuí para cada turma o que vai ser trabalhado. Esse ano, o tema é Passo Fundo e a partir daí cada turma trabalha um aspecto da cidade.  Os alunos estão sendo avaliados desde trabalho de sala de aula, também temos professores regentes que acompanham a pesquisa e o trabalho que é confeccionado. Mas além disso, eles têm uma nova avaliação no momento da apresentação”, disse.
 
Turma escolheu retratar entidades de maior relevância 
Conforme a turma, com o objetivo de retratar entidades de maior relevância, a UPF juntamente com o Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), foram os mais lembrados e por isso procuraram retratar um pouco do trabalho desenvolvido na área da educação e saúde das entidades. “Escolhemos a UPF por ser uma entidade com o nome bem conhecido, ela é referência no norte do estado, abrange toda a região é uma entidade muito importante para nós”, contou o aluno Estácio Rodrigues da Silva.
O trabalho final de semestre proporcionou que cada turma abordasse Passo Fundo por meio de perspectivas diferentes, seja por sua história, economia ou pelas entidades de maior relevância. 
 
Volta aos estudos 
Para o coordenador pedagógico, Elias Burin, o EJA, possui uma dinâmica diferenciada, por esse motivo o trabalho é voltado para atender a demanda de jovens e adultos. “O histórico problema do EJA é a evasão escolar, então buscamos uma dinâmica diferente para cativar esse aluno, tornar ele mais presente e frequente, para que conclua o ensino fundamental e médio”, observou.
 
Muitos alunos retornam os estudos em busca de qualificação para atuar no mercado de trabalho. “São vários os motivos que fazem com que os alunos voltem para escola, as empresas que exigem maior qualificação, eles, por verem a necessidade, já que muitas vezes perderam oportunidade por não terem completado o ensino médio. Também observamos que voltam devido a exigência do próprio INSS para que possam voltar ao mercado de trabalho”, comentou o professor de Química, Nilson Almeida da Silva. 
 
Conforme os professores, muitos alunos abandonam a escola porque não tiveram oportunidade de frequentá-la na idade adequada e o EJA favorece a permanência destes jovens e adultos, propiciando uma educação de qualidade, com atividades voltadas para o seu cotidiano formando cidadãos. “ É muito bom a escola, gosto das disciplinas de matemática e física”, contou o estudante senegalês, Ibra Ndoye.
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