Comerciários aprovam proposta da Havan

Empresas que optarem por fechar as lojas em quatro feriados pagarão piso de R$ 1.450 aos trabalhadores. Assembleia dos comerciários foi realizada ontem (12). Acordo ainda precisa passar por homologação com entidade patronal

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Assembleia foi realizada na noite de ontem (12) no Requinte RestauranteAssembleia foi realizada na noite de ontem (12) no Requinte Restaurante
Assembleia foi realizada na noite de ontem (12) no Requinte Restaurante
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Trabalhadores do comércio fecharam a convenção coletiva para 2018. A além da reposição salarial, os comerciários aceitaram a proposta das empresas, como é o caso da Havan, que aderirem pelo sistema de fechar a loja em somente quatro feriados no ano: Dia do Trabalhador, Ano Novo, Natal e Páscoa. Quem optar por essa possibilidade pagará R$ 1.450,00 de piso e R$ 364,00 de ticket alimentação aos funcionários. Aos feriados, os comerciantes podem trabalhar no máximo seis horas e recebem 100% de hora extra. Decisão será levada para reunião do Sindicato dos Comerciários com o Sindilojas, nos próximos dias.

Cerca de 150 comerciários participaram da assembleia, realizada na noite de ontem (12), no Requinte Restaurante. O piso da categoria, para os comerciantes que optarem por não abrir em sete feriados, ficou com reajuste de 3,31%, passando para R$ 1.270. A categoria conseguiu outros benefícios como continuar realizando a rescisão no sindicato, mesmo após a reforma trabalhista em vigência, e não acumular banco de horas. Os feriados, neste caso, são: Revolução Farroupilha, Finados, Natal, Ano Novo, Dia do Trabalhador, Domingo de Páscoa e Sexta-feira Santa.

Antes de abrir para votação, o presidente do Sindicato dos Comerciários, Tarciel da Silva, enfatizou que a decisão era dos trabalhadores e afirmou o compromisso do sindicato com a transparência. “Em outros lugares, a Havan faz acordo separado com o sindicato. Nós estamos colocando na convenção coletiva porque não estamos fazendo distinção e queremos ser transparentes”, disse. O representante da categoria relembrou que a proposta inicial da rede catarinense era pagar R$ 1.310 de piso e R$ 320 de ticket alimentação.

 

Caso Havan

A polêmica no caso da Havan começou quando a empresa anunciou o desejo de abrir a loja aos feriados, como o faz em outras cidades em que possuí filiais. Porém, em Passo Fundo, a última convenção coletiva dos trabalhadores, com vigência até março de 2018, não permitia o trabalho dos comerciários em sete feriados. Diante da notícia, em declaração, membros da direção da empresa enfatizaram que só se instalariam na cidade se pudessem abrir nessas datas. Em suas manifestações o Sindicato dos Comerciários, manteve o posicionamento de que não iria permitir a perda de direitos dos trabalhadores. Em meio a esse clima, começaram as negociações da reposição salarial e outras questões da convenção coletiva.

Projeto aprovado

Nesta semana, o Executivo municipal deu seu aval à rede catarinense para início das obras. A megaloja será construída na Avenida Brasil – Leste, no bairro Petrópolis, ao lado do Stock Center, em uma área de 7 mil e 300 metros quadrados. Conforme o secretário de Desenvolvimento Econômico, Carlos Eduardo Lopes da Silva, o projeto de construção da loja foi devidamente verificado pelos técnicos das pastas de Planejamento e de Obras, que liberaram a empresa a começar o investimento na cidade. A loja deverá gerar 150 empregos diretos. “Após serem cumpridos todos os trâmites exigidos pela Prefeitura para a instalação da loja, analisados pelas equipes técnicas da administração municipal, foi aprovado o projeto da Havan em nosso município. Com isso, a Havan está autorizada a contratar a obra. Estamos otimistas que o tão sonhado investimento em nossa cidade seja concretizado o mais breve possível”, disse o secretário Carlos Eduardo. Conforme o presidente da Havan, Luciano Hang, a expectativa é inaugurar a loja dentro de aproximadamente quatro a cinco meses, após iniciada a obra. Também destacou que a Havan tem pressa para começar a construção desta megaloja, que será a primeira do Estado.

A vinda da Havan para Passo Fundo foi anunciada no fim de fevereiro pelo presidente da rede, Luciano Hang, em visita ao município. Na ocasião, o empresário concedeu entrevista coletiva e falou sobre a rapidez com que costuma erguer suas lojas. A ideia inicial era que a unidade ficasse pronta em 90 dias, depois da liberação do alvará. O investimento previsto é de R$ 25 milhões em uma loja com mais de cem mil itens e a estátua da liberdade de 35 metros, que já é símbolo conhecido da marca.

 

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