A população brasileira vive o descalabro da falta de credibilidade na gestão de políticas públicas. Quase todos os dias despertamos com novas decepções reveladas pela investigação policial sobre casos de corrupção. A revelação é o aspecto positivo na devassa necessária. É a modalidade viável de encaminhar correções punitivas. A corrupção endêmica vem de longe facilitada pelas forças oligárquicas que garantem a soberania patrimonialista a qualquer custo. Agora, no entanto, somos tocados pelas seqüelas perigosas no rumo do desenvolvimento social. O desemprego denuncia a fragilização das forças de trabalho e produção que fomenta a iniqüidade. A mentalidade condescendente com os privilégios parece não perceber o quanto é iníquo preservar lucros desmedidos dos bancos ao custo do homem comum. A remuneração de senadores, deputados, e todos de carreiras superiores mantidas pelo erário público, atinge índices perdulários em relação à grande maioria dos trabalhadores. Que ganha muito tende a ganhar mais, perante o empobrecimento da multidão. Fala-se no escandaloso aparato do Senado e Câmara Federal com verbas e dezenas de cargos dos gabinetes como se isso fosse moral, e pronto. O contraste das diferenças passou dos limites e se tornou devastador. A parcela dos famintos ressurgiu!
Manobra
As manobras dominadoras do sistema oligárquico, sustentado no seu maior furor de crueldade, na escravidão, utilizou sempre de nuances para desqualificar a causa libertária. Uma das estratégias é minar a democracia ampla e instituições dos poderes. O Congresso Nacional, por exemplo, contaminado até o nariz. Os candidatos de possível renovação não recebem apoio financeiro, para enfrentar a máquina do continuísmo.
Vilipêndio
O histórico do Ministério do Trabalho, com seus altos e baixos, vinha significando objetivo ideológico forte na base social brasileira. Vilipendiaram sua estrutura política. E o poder continua convivendo com isso.
Educação
Na observação do professor Otávio Pinheiro, a educação depende de imprescindível envolvimento do governo e sociedade. O PISA, Programa Internacional de Avaliação de Alunos, informa que o Brasil está em 59º lugar entre 70 países avaliados. O direito ao saber mínimo é questão de sobrevivência. Liberta de preconceitos e fundamentalismos que já estão presentes e ameaçam nosso futuro.
Saneamento básico
Acompanhando o debate de magistrado e advogados sobre o Estatuto do Desarmamento, nos foi dado observar que a violência tem geradores mais diretos. Enquanto não se tem diagnóstico mais científico, volta-se à idéia de retomar a cultura de valores comunitários que passa pelo indivíduo e pelas famílias. Não nos surpreendeu a citação do magistrado ao mencionar a prioridade do saneamento básico como suporte de dignidade, a partir do núcleo familiar. Viver em condições mínimas de saneamento é o primeiro passo criador de referências do valor da vida.
Desarmamento
Discute-se o efeito da lei do desarmamento. As ações pontuais da lei deram algum resultado. Duvida-se que alguém acreditasse, no entanto, que os delinqüentes entregariam as armas. O cidadão de bem, no entanto, aderiu em parte e entregou as armas. E agora? Como é que fica o direito de defender a propriedade e a vida, além de esconder-ser. A preservação da segurança nas moradias rurais já registra crescimento de assaltos. A burocracia da lei impõe restrições, por exemplo, às pessoas de baixa renda, para se ter uma arma em casa. Se nenhuma o é, não será esta uma lei salvadora, já que o assaltante nem tem mais o medo. O medo é só nosso!
IBAMA
O IBAMA acumulou prova material de autuações ambientais nos últimos anos. Sem estrutura para preservar comprovações um total de nove mil processos serão arquivados pela ocorrência de prescrição. Impunidade.
Trump-Putin
O presidente Trump dá a entender que vai superar o impasse eleitoral interno causado pela intervenção Russa. O que parece mais misterioso é a possibilidade de um pacto Trup-Putin, num arranjo velado imperialista. Os países pobres sabem disso, e olham para a China com visão estratégica.