OPINIÃO

Fatos 25.07.2018

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Uma moção e nada é a mesma coisa

Os vereadores aprovaram uma Moção de repúdio à Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), ajuizada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), que objetiva a legalização do aborto até a décima segunda semana de gestação. A proposta, protocolada pelos vereadores Mateus Wesp (PSDB) e Ronaldo Rosa (SD), foi aprovada com 19 votos favoráveis e um contrário. Apenas o vereador Alex Necker (PCdoB) foi sensível a um tema que não se resume a moções. Notem, que este tema, extremamente complexo e delicado e de uma relação íntima com o gênero feminino foi tratado por homens. Os vereadores proponentes e os que concordam com a moção enxergam na iniciativa do PSOL um despropósito, pois “cabe ao Congresso Nacional (formado por ampla maioria masculina) a legitimidade para regular o tema. Dizem mais os vereadores: “O Congresso, até hoje, não o fez, ao longo das mais de sete décadas de vigência do Código Penal. Não por omissão ou negligência, mas em razão da vontade majoritária do Parlamento, que se manifestou contrariamente à medida em todas as vezes que matéria foi discutida”. Até quando vamos ter que ouvir justificativas machistas, conviver com movimentos que não levam à nada, em torno de um tema que deve ser tratado com quem de fato compete?

O debate é outro

Enquanto tapamos o sol com a peneira, muitos homens induzem namoradas e companheiras a fazer abortos clandestinos ou as abandonam a própria sorte para não assumirem a paternidade. Enquanto tapamos o sol com a peneira, com moções que não significam nada, mulheres colocam a vida em risco fazendo abortos em clínicas clandestinas. O tema legalização do aborto merece um debate que ouça de forma séria todos os envolvidos e principalmente as envolvidas. A iniciativa aprovada por ampla maioria da Câmara saiu do nada para lugar algum.

Vacinação

Vereador Luiz Miguel Scheis apresentou projeto para que o município exija dos pais a caderneta de vacinas do filho em dia para fazer a matrícula. Se o filho não estiver vacinado, os pais terão prazo de dez dias para regularizar. A proposta aprovada pela Câmara não cria sanções aos pais, mas é uma forma de contribuir para melhor os índices de imunização.

Balanço

Presidente da Câmara, Pedro Daneli, PPS, reúne, nesta quarta-feira, jornalistas da editoria de política para prestar contas dos seis meses no comando do Legislativo.

 

 

 

 

 

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