A venda do leite contaminado, leite adulterado, é crime repugnante contra a saúde pública. Mais ainda por se tratar de base alimentar para a criança. Provavelmente nem todos os criminosos das usinas de leite tenham sido flagrados adicionando produtos, alguns prejudiciais ao ser humano, como a soda cáustica ou peróxido de hidrogênio. Nas apreensões de produtos lácteos verificou-se que além da falsificação, a falta de escrúpulo dos autores vinha sendo quase uma prática voluptuosa em completo desprezo pela pessoa humana. O que se poderia imaginar como falsificação com mistura de água potável verificou-se de tamanha crueldade que nem mesmo a água misturada era saudável. Tudo pelo lucro. A respeito da falsificação do leite, impressionou-nos a revolta de uma mãe desolada ao imaginar que alimentava filhos pequenos com leite e soda. Os criminosos são detestados por todos, principalmente pelas mães.
Condenação
A condenação de 16 pessoas pela Justiça de Mondaí, Santa Catarina, traz alguma esperança de que o rigor indispensável possa amenizar essa ameaça à saúde pública. A notícia informa que os bens da empresa Laticínios Mondaí foram indisponibilizados. Nos últimos anos foram devastadoras as constatações de golpes extremamente pérfidos na iniciativa privada, prejudicando empregados, produtores e uma relação de consumo que deveria ser sagrada. Tudo pelo lucro sórdido e fugaz. Essas pessoas que praticam atos tão desnaturados são a pior espécie ética e moral. Um bom empreendimento produz riqueza, quando honesto, mas é traição humana quando espalha a dolorosa descrença. E há muito disso na atividade cotidiana.
Bolsonaro
O candidato Bolsonaro foi sabatinado de forma semelhante ao que ocorreu com a presidenciável Manuela D’ávila. Jornalistas botaram pressão sobre o entrevistado. Parece ser o método adotado. Bolsonaro respondeu muito bem para seus acólitos ou os que pensam como ele sobre seu método implacável de enxergar os menos favorecidos. Certamente agradou aos seus com a afirmação de teses machistas e em relação à pior catástrofe dos tempos no Brasil, a escravidão. O resultado pode ser entendido bom para quem pensa como ele, com o vulgar conhecimento sociológico e desprezo pela geração dos angustiados, oprimidos, e discriminados. Não dirigiu uma palavra sequer de ataque ao desvario do lucro dos bancos, que destrói a economia doméstica. Mesmo assim, concorre numa eleição democrática, sob qualquer pretexto, melhor que ditadura. Infelizmente é aplaudido por muitos pelos seus ódios, numa relação perigosa que vive o país.
Trump e Lacerda
O método adotado por Trump, para governar os Estados Unidos, parece fascinar Bolsonaro. É no mínimo duvidoso confiar em quem olha de baixo para o mandatário da maior nação do mundo. Vai imitar o quê? Está muito distante. Embora tenha ares udenistas de um furor moralista, tal qual Lacerda, é bom dizer que jamais se compara à inteligência do tresloucado opositor dos governos populares. Nem mesmo a vassoura de Jânio lhe servirá de referência. Resta-lhe o simulacro, que o mantém evidente nas pesquisas eleitorais. É candidato forte, sim. Por isso a democracia sofre.
Insano
Está difícil imaginar vestígio de dignidade nos comentários ofensivos referentes à publicidade do Boticário anunciando produtos num comercial que reuniu família negra. Mesmo respeitando opiniões contrárias, não se consegue ver alguma sabedoria ou pensamento de grandeza nas críticas. O que surge como ardentia nas relações modernas, que precisam da luz e da compreensão humana com arte e beleza, infelizmente atraiu 17 mil dislikes entre as 85 mil curtidas nas mensagens pela mídia eletrônica. É uma minoria de divergência que coloca em dúvida a importância e valor da mensagem do dia dos pais. Vamos lá! O comercial é agradável, salvo para racistas despidos de qualquer grandeza e sensibilidade humana.
Mesa Um
Nesta quinta, a Mesa Um do Oasis reúne a confraria em jantar no Comercial do centro. O Saul Ferreira será anfitrião, como nos informa o fiel escudeiro da tradicional Mesa Um, nosso estimado Aldo Battisti.