A porcaria
No início dos anos 1960, o American way of life mexeu com a vida dos brasileiros. Uma influência comportamental que não ficou restrita à música e à moda. Além do borbulhar do consumismo, ditou regras no quintal alheio. Enquanto mascávamos chicletes, éramos proibidos de consumir a banha de porco, que foi substituída por uma maravilha chamada óleo de soja. Manteiga? Nem falar, a moda impunha o consumo da moderníssima margarina. Os litros de leite, que eram entregues pelos leiteiros, foram quebrados e substituídos por latas com leite em pó. Logo depois, os ovos acabaram condenados pelas mais graves acusações que um alimento poderia sofrer. No boca a boca, a primeira e a maior rede social, o fake news já servia aos escusos interesses. Plantaram a ideia de que a banha faria mal à saúde. Ao tirarem a banha da cozinha, fizeram um estrago nos chiqueiros, atingindo porcos, criadores, matadouros, frigoríficos e sua cadeia econômica. Entraram nos galinheiros e depenaram as galinhas. Assustaram o rebanho e ficamos com as vacas magras. Mas o estrago maior foi na saúde dos brasileiros. Iludidos pelas novidades, deixamos de consumir alimentos de qualidade e colocamos porcarias na mesa. Éramos saudáveis, mas queríamos ser moderninhos e acabamos doentes.
Mimimi
As exigências sanitárias são indispensáveis, mas não podem transformar o natural, artesanal e de origem conhecida em bandido. Assim, o produto industrializado assume o papel do mocinho nessa história. Ora, mal sabemos o conteúdo e a origem daquilo que vem encoberto por lindas embalagens. Mais uma vez, estamos trocando comida nobre por porcarias. Há proibições que fazem mal à saúde e irritam o nosso bom senso. É muito mimimi. Essas restrições atingem os pequenos e beneficiam os gigantes. Banha não faz mal, manteiga é excelente e ovo é um alimento maravilhoso. O que faz mal é a fome.
Entidades
Na semana do município, a Prefeitura de Passo Fundo enalteceu as entidades de classe que contribuem para o desenvolvimento econômico do município. Sábado, o prefeito Luciano Azevedo homenageou essas instituições, durante jantar na Casa do Bosque. Iniciativa exitosa, com ingressos esgotados antecipadamente e um maravilhoso buffet com o talento de Ricardo Menta.
Mesa Um
Na última quinta-feira, o Clube Comercial foi palco para mais uma sessão solene da Mesa Um do Bar Oásis. O encontro teve como paraninfo o confrade Saul Ferreira que, acompanhado pelo Gregório, recepcionou a eclética congregação. Mantendo a tradição, a parte burocrática coube ao Aldo Battisti, nosso convocador-oficial juramentado. A caipirinha do Pagode e as postas de Espadarte (Meca) grelhadas pela Lisete ganharam aplausos. Ao final, foi servido o famoso pudim do Biazi. A receita ele não conta, mas descobrimos que a fórmula secreta é original de Linha Esperança Alta, em Aratiba. Cumprimentos, Saul, tudo estava ótimo.
Trilha sonora
Bons tempos aqueles em que os nossos ouvidos eram acariciados pela maravilhosa música franco-italiana. Obras como esta de Toto Cutugno: L'ete Indien (Africa).
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