Justiça acolhe pedido das partes e suspenderá processo

Prazo de 30 dias começará a contar depois que perito submeter respostas ao cartório

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Empresa encerrou produção de guindastes no município em janeiro de 2016Empresa encerrou produção de guindastes no município em janeiro de 2016
Empresa encerrou produção de guindastes no município em janeiro de 2016
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Depois de entregue o laudo pericial, o processo judicial que envolve a área da Manitowoc ficará suspenso por 30 dias. O prazo, solicitado pelas partes envolvidas, é uma tentativa de acordo extrajudicial. O despacho foi expedido nesta segunda-feira (6), pela juíza Rossana Gelain da 1ª Vara Especializada da Fazenda Pública. A negociação fora do cartório foi uma sugestão levantada pela própria magistrada em audiência de conciliação, realizada no início de julho, como forma de resolver o impasse.


O pedido de suspensão da ação foi solicitado na sexta-feira (3) pelo vereador Patric Cavalcanti, o município de Passo Fundo, o prefeito Luciano Azevedo e a empresa norte-americana Manitowoc. Antes disso, no dia 23 de julho, o perito havia sido intimado para responder, pela segunda vez, se a empresa ré cumpriu ou não os cinco itens do protocolo de intenções, firmado à época em que o terreno foi doado pela Prefeitura à norte-americana. Quando o profissional entregar as respostas, começa contar o prazo de suspensão do processo. O documento encaminhado pelo perito ficará retido no cartório, mas sem ser anexado à ação. Deste modo, as partes não podem ter acesso ao conteúdo durante o período.


Relembre o caso
O processo ingressou no judiciário depois que a multinacional anunciou, motivada pela crise econômica, o fim das atividades industriais em Passo Fundo, em janeiro de 2016. A ação civil pública, de autoria do vereador Patric Cavalcanti (DEM), pede o retorno do terreno à Prefeitura. Cavalcanti entende que a empresa não cumpriu o protocolo de intenções, que se referem a uma série de obrigações, constantes na lei municipal nº 4769/11, cuja empresa se comprometeu em cumprir quando recebeu incentivos fiscais do Poder Público municipal.


Em junho de 2017, a Comercial Zaffari anunciou interesse na área. A manifestação foi feita durante uma reunião na Câmara de Vereadores. A empresa sinalizou que pretendia construir um Centro de Distribuição no terreno, localizado às margens da ERS 324. Na ocasião, o diretor administrativo da Comercial, Sérgio Zaffari, informou que estava em tratativas com a Manitowoc e com o Banco de Desenvolvimento (Badesul) – responsável pelo financiamento da área - para viabilizar que a empresa assumisse a terra.


Em novembro do ano passado, quando as negociações estavam prestes a serem concluídas, outras empresas manifestaram interesse na área e o assunto voltou à discussão. Em dezembro, a Justiça deu prazo para que a Manitowoc explicasse a negociação, dada a sua condição de ré na ação popular do vereador. Dias depois, 1ª Vara Cível Especializada em Fazenda Pública da Comarca de Passo Fundo expediu liminar suspendendo as negociações entre a norte-americana e a Comercial Zaffari.

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