OPINIÃO

Smart Building

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A tecnologia aplicada na gestão do seu imóvel
 
Por definição, um “Edifício Inteligente” é aquele que utiliza mecanismos de gerenciamento automatizados e integrados para diminuir custos operacionais, eliminar desperdícios, mantendo a infraestrutura adequada.  A automação eletrônica de determinados processos em edificações é relativamente novo. Mecanismos de gerenciamento de sistemas de aquecimento e ventilação datam da metade dos anos 70 e, embora controlados eletronicamente, não ofereciam nenhum tipo de integração. Já o conceito de “smart building” é mais recente ainda, tendo origem nos Estados Unidos, a partir dos anos 80.  No Brasil, o conceito de “Empreendimento Inteligente” passa ser aplicado somente em 1986, com a inauguração do Citicorp/Citibank, edifício situado na cidade de São Paulo.
 
A geração de empreendimento posterior a esse período, diz respeito cada vez menos às coisas e cada vez mais às pessoas e suas relações. A nova geração de imóveis residenciais e comerciais vem alinhada a viabilidade econômica, que busca uma melhor gestão da produção e consumo energético, flexibilidade, segurança e integração de sistemas. Além de fundamentais durante a edificação da obra, a inteligência aplicada às edificações se justificará efetivamente durante a operação do empreendimento. 
De acordo com dados divulgados pela consultoria Internacional Data Corporation (IDC), os recursos aplicados para a criação dos chamados “smart buildings” devem passar dos US$ 6 bilhões registrados em 2014 para US$ 17,4 bilhões em 2019. Estima-se que as construções inteligentes representarão 7% do mercado total das cidades inteligentes até 2025.
Toda essa tecnologia direcionada a construção civil visa promover aos usuários conforto, segurança e sobretudo economia, tanta economia em custos diretos (água, luz, telefone), quanto economia em custos indiretos, tais como manutenção e operação. Imagine o trabalhador chegando ao seu escritório, sendo identificado pela impressão digital, ao mesmo tempo em que o sistema reconhece as suas preferencias e já regula a temperatura do ambiente e a iluminação da sala.
 
Perante as vantagens observadas, tais como: redução de custos de manutenção ao longo da vida útil do empreendimento, economia de recursos naturais, quando se adotam sistemas inteligentes em edifícios, governos, construtores, engenheiros, arquitetos, empresas de tecnologia em geral e consumidores finais, todos têm interesse nestes novos métodos de gerenciamento construtivo.
 
Ao analisarmos a intensidade com que a tecnologia evolui e passa a fazer parte do dia a dia das pessoas, fica evidente a necessidade de democratizarmos o uso desse modelo construtivo no mercado brasileiro. O processo deve passar principalmente por iniciativas governamentais, através de ações de incentivo, que tornem este tipo de construção financeiramente viável. A iniciativa privada já vem fazendo a sua parte, embora a maioria dos empreendimentos esteja restrita a uma pequena parcela da população.
 
O que acontece em Passo Fundo?
A cidade não fica atrás nesse segmento, e já conta com algumas iniciativas muito interessantes no que se refere a aplicação da tecnologia para a integração e gestão de empreendimentos imobiliários. Algumas edificações já tem implantadas estruturas e sistemas de automação. Aplicativos para gestão de condomínios já passam a fazer parte da rotina de algumas pessoas. Através deles é possível acompanhar o desempenho e consumo, não só do seu apartamento, mas de toda a estrutura condominial. Serviços “Pay per use” (internet, tv por assinatura) podem ser consumidos de acordo com a necessidade de cada unidade imobiliária. Por fim, a tecnologia aplicada a gestão, chega para maximizar os recursos energéticos (de origem eólica e solar), bem como a captação e reaproveitamento de água da chuva, entre outros, já bastante utilizados na construção civil.

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