Falta de recursos pode comprometer levantamento de dados para o censo

Na região de Passo Fundo o trabalho de preparação para o censo segue normalmente até o momento

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Neste momento, o Instituto está focado na atualização cartográfica dos municípiosNeste momento, o Instituto está focado na atualização cartográfica dos municípios
Neste momento, o Instituto está focado na atualização cartográfica dos municípios
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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já está em preparação para a realização do Censo 2020. Todo o trabalho feito no período de preparação é fundamental para que a coleta dos dados possa efetivamente demonstrar as características dos municípios brasileiros e servir de base fidedigna de dados para a elaboração de políticas públicas e destinação de recursos em diferentes áreas. No entanto, informações divulgadas em diferentes portais de informação apontam que a falta de recursos possa comprometer a realização do levantamento que é feito a cada dez anos.


A preparação para o Censo, no entanto está ocorrendo normalmente até o momento em Passo Fundo conforme destaca o coordenador da agência do IBGE Jorge Bilhar. Segundo ele, neste momento, o Instituto está focado na atualização cartográfica dos municípios. Essa etapa é fundamental na organização do Censo, tendo em vista que é a partir dessa atualização que são definidas as coletas de dados. Toda essa atualização é feita com base em imagens de satélite, idas a campo e também com base na legislação vigente nos municípios. Recentemente, o IBGE encerrou a realização do Censo Agropecuário que também teve verba limitada.


Já para o próximo ano seria necessária a liberação de recursos na ordem de R$ 1 bilhão, mas o Instituto deve receber apenas entre R$ 200 milhões e R$ 250 milhões. Em 2019 é necessário organizar toda a estrutura logística e também administrativa para a realização do Censo. Para a região atendida pela agência de Passo Fundo, que envolve 26 municípios e cerca de 400 mil pessoas, serão necessários no mínimo três postos e cerca de 500 pessoas. No último censo, foram necessárias 300 pessoas. Quando chegar o ano de 2020 tudo deve estar preparado para que os concursados para o levantamento possam ser chamados e treinados. A coleta dos dados em si deve demorar cerca de quatro meses para ser realizada.


Urbanização
Na região, Bilhar destaca que é perceptível um aumento significativo das populações urbanas em municípios de diferentes tamanhos. Isso demanda do IBGE uma atualização precisa das áreas a serem recenseadas. Os dados coletados e divulgados pelo Instituto implicam, diretamente, na destinação de recursos e repasses aos municípios em áreas como a saúde, por exemplo, além de definir quais serão os retornos que terão no ICMS e no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), entre outros.

Indígenas e quilombolas
O IBGE iniciou ontem, e segue até 6 de setembro, com a primeira prova piloto do questionário temático do Censo 2020, com perguntas específicas para indígenas, quilombolas e outros povos e comunidades tradicionais. A aplicação do questionário ocorrerá em 12 estados: Acre, Amapá, Rondônia, Maranhão, Ceará, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
Segundo nota divulgada pelo instituto, a iniciativa dá prosseguimento ao compromisso de fornecer informações cada vez melhores sobre povos e comunidades tradicionais, em conformidade com o Decreto nº 8.750 de 2016, que institui o Conselho Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais. Além do refinamento da identificação de povos indígenas, o Censo 2020 pretende incluir as comunidades quilombolas, através de uma questão de pertencimento específica, que será testada nesta prova piloto. Esse bloco de perguntas será espacialmente controlado, e sua aplicação será restrita às áreas indígenas e quilombolas.

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