?? tempo de primavera: exposição celebra a chegada da nova estação

Música clássica e flores receberam os convidados durante abertura da exposição que ocorreu na tarde dessa terça-feira, 18, no hall do prédio da Reitoria

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Ao som do compositor clássico Antonio Vivaldi, a comunidade acadêmica da  Universidade de Passo Fundo (UPF) acompanhou, no início da tarde dessa terça-feira, 18 setembro, a abertura da exposição “É tempo de primavera...”, no hall do Centro Administrativo, Campus I. A cerimônia de abertura foi acompanhada por funcionários da Instituição e contou com a presença da reitora, professora Dra. Bernadete Maria Dalmolin; do vice-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários, professor Dr. Rogerio da Silva; da diretora da Faculdade de Artes e Comunicação, professora Dra. Bibiana de Paula Friderichs; e das curadoras da exposição, a coordenadora do curso de Artes Visuais, professora Me. Mariane Loch Sbeghen, e a coordenadora do Museu de Artes Visuais Ruth Schneider (MAVRS), Tania Aimi.
 
Organizada a partir de uma parceria entre o MAVRS e o Museu Zoobotânico Augusto Ruschi (Muzar), vinculados à Vice-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (VREAC), a exposição integra a programação da Primavera dos Museus, que, em sua 12ª edição, tem como tema “Celebrando a educação em Museus”. O vice-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários destacou a beleza do espaço, reforçando que ele mostra a preocupação que as curadoras tiveram em preparar essa exposição. “Que bom que a gente tem essa preocupação com a cultura, com a arte. Eu fico muito feliz por poder participar desses momentos. Que a gente possa ver tantas outras exposições como essa na nossa Universidade”, pontuou. 
 
Para a reitora da UPF, todas as obras em exposição remontam a muitas lembranças, não apenas relacionadas à primavera que inicia em breve, mas também à Semana Farroupilha – quando faz pensar nos muitos povos que compõem o estado formando uma beleza natural –, e à campanha Setembro Amarelo, que celebra a vida e o autocuidado. “Isso nos possibilita pensar um pouco nas coisas simples e importantes da vida. Nos faz avaliar que, para ficarmos bem, termos momento felizes, precisamos dar valor a essas pequenas coisas, a esses pequenos gestos, a essas borboletas, a esses cheiros, a essas cores, que perpassam as nossas vidas”, disse a professora Bernadete, que pediu que todos recebam a exposição com muita alegria. “Prestem atenção, olhem, respirem, sentem um pouquinho, isso tudo tem um significado de cuidado, de trabalho feito de humano para humano, entre nós, que somos tão especiais”, enfatizou. 
 
“É tempo de primavera...”
Em exposição, estão pinturas, gravuras e desenhos que integram o acervo do MAVRS e também exemplares de plantas encontradas no Campus, papagaios e borboletas, catalogados pelo Muzar. A ideia, segundo as curadoras, é celebrar o início da primavera e também a nova gestão na Reitoria da Instituição. “É uma exposição mais tranquila, mais calma, visivelmente mais bonita. Nós queremos que as pessoas passem por aqui, sentem nesse espaço, observem essas flores e se sintam parte disso”, explicou Tania. 
 
Como destaque, a proposta apresenta alguns dos pássaros estudados pelo projeto Charão; a flor símbolo do Rio Grande do Sul, fazendo também uma alusão às celebrações farroupilhas; e o último quadro pintado pela artista Ruth Schneider, que dá nome ao MAVRS, em seu retorno à pintura clássica. “Nós queremos educar a comunidade acadêmica sobre esse tipo de catalogação de plantas, de animais, sobre as diferentes técnicas artísticas. E, para isso, a gente trouxe dois museus em um trabalho que celebra a alegria que a primavera traz”, contou Mariane.
 
Além da celebração, a exposição também tem como objetivo reforçar o papel dos museus como um espaço de educação. “No MAVRS, nós desenvolvemos ações educativas junto com as exposições há anos. Achamos que essa é a forma de a gente trazer e criar público para o Museu. Nossa ideia é chamar atenção para que os museus também ocupem esse lugar na educação, muitas vezes invisível, porque as pessoas não percebem esse trabalho dentro dos museus. O museu é um espaço reflexivo, é um espaço da diversidade”, ressaltou Tania. “São dois museus, várias técnicas, várias propostas, sem deixar de ter suas particularidades. Assim como toda a exposição, existe um porquê de ela estar aqui; não é só uma decoração, tem um cunho educativo, bem intencional. Uma exposição tem a intenção, algo ela quer passar, ou ela não é exposição. E o papel do museu é esse, o de educar”, completou Mariane. 
 
Primavera dos Museus
Promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), a Primavera dos Museus tem como tema neste ano “Celebrando a educação em museus”, que tem como embasamento o Caderno da Política Nacional de Educação Museal (PNEM), lançado no último mês de junho. A publicação aborda o processo de criação da PNEM e os princípios e as diretrizes dessa política, que visa nortear gestores, educadores e demais interessados na prática da educação museal. 
 
De acordo com o Ibram, os museus são espaços múltiplos e dinâmicos que assumem importantes funções na guarda do patrimônio museológico e das memórias, no fortalecimento da cidadania e das noções de pertencimento e identidade, no respeito à diversidade e à valorização da cultura. A educação em museus exerce papel fundamental no fortalecimento, na visibilidade e na valorização das memórias e dos museus brasileiros, com o propósito de aumentar os laços afetivos e o sentimento de pertencimento da sociedade por essas instituições, bem como o reconhecimento das identidades e o respeito à diversidade.
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