Encruzilhada
Segundo turno começando e a hora é de buscar apoios. O PDT nacional indica que vai liberar seus filiados, mas fará uma campanha mais contra Bolsonaro do que a favor do PT. Não quer cargo no próximo governo e garante que manterá independência. Indicativo trabalhista demonstra a encruzilhada do eleitor comum que não vota e Bolsonaro e muito menos em Haddad, por conta do PT. Essa situação faz crer na subida do termômetro dos votos brancos, nulos e abstenções. No primeiro turno já foi o maior da história, desde 2002, 20% ou 30 milhões de eleitores que deixaram de votar. 30 milhões de eleitores podem decidir tanto para um lado quanto para outro. Como conquistá-los será a grande questão!
Experiência
Ex-reitor da UPF José Carlos Carles de Souza, que fez pouco mais de 6 mil votos para deputado estadual, viveu a sua primeira experiência na política e já percebeu que o ambiente não é nada amistoso. Filiou-se ao PSD, à convite do vice-governador José Cairolli, mas não foi recebido como deveria em Passo Fundo. De forma equivocada, o partido lançou também Anthony Andreola e apoiou outros dois candidatos da região para a mesma vaga. Terreno minado para um recém chegado no partido. A exceção foi Tadeu Karczeski, que honrou o acolhimento ao novo companheiro. Serviu como experiência!
Fatores
O resultado da votação do ex-prefeito Airton Dipp, PDT, mais de 17 mil votos (14,4 mil só em Passo Fundo), tem uma composição de fatores, mas o que pesou foi o efeito Bolsonaro. A proximidade dele com o PT, afastou a classe média. Também deve-se levar em consideração que o ex-prefeito ficou cerca de seis anos longe de campanhas e desembarcou em outro momento da política. Foi uma campanha de redes sociais e menos de rua, a que ele está habituado.
Pouco voto
Passo Fundo encolheu o número de votos dados aos candidatos locais. Não surtiu efeito algum a campanha pelas candidaturas locais. O total chegou a 46 mil entre os candidatos a deputado federal e estadual. E nesta história de não valorizar prata da casa, tem aqueles casos que só tiram voto daqui para lugar algum. O deputado federal José Stédile apostou no apoio do vereador Valdecir de Moraes. PSB, e conseguiu a bagatela de 775 votos. Não se reelegeu.
Habilitado
Desempenho de Mateus Wesp, PSDB, teve ligação com a campanha de Bolsonaro. Wesp fez 19.799 em Passo Fundo do total de mais de 28 mil votos que o elegeram como segundo mais votado da bancada tucada. Se habilita ao cenário local em 2020.