OPINIÃO

Mundo paralelo

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Um mundo paralelo, bem distante de nós. Saiu a programação da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que começa no próximo dia 18 sua 42ª edição. O público acostumado aos blockbusters da Marvel não deve reconhecer muitos dos nomes do evento, mas o circuito alternativo e a crítica está enlouquecendo com o que está vindo aí. Serão exibidos os novos filmes de Paul Vecchiali ("Trem das Vidas ou A Viagem de Angélique"), Jean-Luc Godard ("Imagem e Palavra"), Eugène Green ("Como Fernando Pessoa Salvou Portugal"), Olivier Assayas ("Doubles Vies"), Hong Sang-soo ("Grass" e "O Hotel às Margens do Rio"), Carlos Reygadas ("Nuestro Tiempo"), Nuri Bilge Ceylan (“A Árvore dos Frutos Selvagens”), Pawel Pawlikowski (“Guerra Fria”), Mia Hansen-Love ("Maya"), Amos Gitai ("Trem para Jerusalém" e "Uma Carta para um Amigo em Gaza"), Yorgos Lanthimos ("The Favourite), a minissérie "Oito Horas Não São um Dia", de Rainer Werner Fassbinder. No dia 27 de outubro, a tradicional sessão ao ar livro exibirá o clássico mudo “A Caixa de Pandora”, de G. W. Pabst. O concorrente do Brasil ao Oscar, “O Grande Circo Místico” de Cacá Diegues, bem como “Roma”, aguardado novo filme do oscarizado Alfonso Cuarón (de “Gravidade”) também fazem parte do evento, além de filmes de anoel de Oliveira, Rogério Sganzerla, G. W. Pabst, Wim Wenders e Ermanno Olmi.
A nós resta esperar a chegada em bluray desses filmes – alguns, no Brasil, podem demorar até dois anos para chegarem, outros nunca chegarão. No cinema, dificilmente alguém aqui no norte gaúcho conseguirá ver qualquer um deles. As salas de cinema pertencem a outro mundo. 

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Há quem tenha gostado, então, fica a dica: a segunda temporada das séries “Punho de Ferro” e “Raio Negro” estão disponíveis na Netflix. Já “Demolidor” (que teve uma surpreendente primeira temporada e caiu na segunda) estreia sua terceira temporada na plataforma na próxima sexta, dia 19. No mesmo dia estreia a segunda parte de “Making a Murderer”, documentário que deu o que falar quando foi lançado há dois anos. 

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Cowboy ou veterano do Vietnam? Saíram as primeiras imagens da quinta aventura de John Rambo no cinema. O icônico personagem que, ao lado de Rocky Balboa, construiu a carreira de Stallone, foi o personagem símbolo da era Reagan. Tem um primeiro filme muito bom, e depois tornou-se ferramenta de propaganda intervencionista, tendo retornado ao Vietnam para ganhar a guerra que os EUA perderam (Rambo II) e ajudando os afegãos a venceram a URSS (Rambo 3, filme extremamente irônico depois do 11 de setembro de 2001). O quarto filme abusa da violência em torno de um personagem abatido pelo tempo. No quinto filme,  o veterano vive uma vida de isolamento até se envolver com traficantes mexicanos (que novidade) de drogas. O filme estreia ano que vem.

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