Após enfrentar as consequências da forte recessão econômica dos últimos anos, o mercado imobiliário espera ansioso por uma definição política, proporcionada pelas eleições deste mês de outubro. Não é para menos. Com a crise decorrente de inúmeros episódios no cenário nacional, acompanhamos ares de incerteza por todos os lados e a retração de um setor considerado um dos principais termômetros da economia.
Para quem compra, a grande dúvida: investir no ramo imobiliário em tempos como esse significa garantir segurança financeira ou correr o risco de ter parte do patrimônio imobilizado? Uma coisa não dá para negar: o imóvel é sempre um porto-seguro, uma moeda forte. Isso porque além de ser uma das mais consolidadas formas de investimento, é a que menos sofre interferências por não sentir de forma imediata os impactos e as oscilações do mercado financeiro. Além disso, o investimento no ramo imobiliário também é uma ótima opção para quem busca segurança patrimonial pelas boas projeções de valorização e por garantir um patrimônio para a posteridade.
Ainda é importante ressaltar que, principalmente diante de qualquer incerteza econômica, o investimento imobiliário deve ser considerado como uma das opções necessárias para proteger seu patrimônio e não necessariamente a única. Diversificar sempre é uma prática muito recomendada por economistas e especialistas em investimentos.
Outra dica é aproveitar o momento para comprar. Se por um lado épocas de crise podem não ser tão positivas para quem vende, a aquisição de um imóvel por quem está disposto a investir enquanto o país retoma o fôlego pode ser mais lucrativo a médio prazo. Isso acontece porque em momentos como o de agora, em que a economia volta a demonstrar sinais de crescimento, o mercado ainda apresenta uma curva mais baixa, com preços menores e muitas oportunidades. Aí é investir e aguardar a definição política e o fomento da recuperação econômica, que com certeza vão contribuir para que o seu investimento imobiliário tenha uma performance muito melhor que o próprio mercado financeiro.
Outro grupo que aguarda as proposições econômicas do novo governo para definir suas linhas de atuação é o das construtoras. Só em 2017, o número de lançamentos no Brasil caiu 13,4% em relação ao ano anterior. Mesmo em Passo Fundo, cidade que sempre se destacou na construção civil, o número de novos empreendimentos foi visivelmente menor nos últimos anos. É que por se tratar de um ramo com ciclo maior, muitas incorporadoras preferiram não arriscar durante a recessão, deixando engavetada boa parte de seus lançamentos.
Mas se esse foi o cenário dos últimos anos, os índices de 2018 já mostram que este ano foi diferente. De janeiro a julho, a ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) registrou uma forte retomada de lançamentos e alta nas vendas do programa Minha Casa Minha Vida. Os lançamentos de médio e alto padrão tiveram um aumento de 103,6% se comparado ao mesmo período do ano passado, enquanto as vendas do programa MCMV chegaram a ser 19,6% maior.
Tudo reflexo de um país que vê no pleito deste mês a chance de devolver a segurança financeira necessária para que os setores mais afetados pela crise possam fazer a economia voltar a girar. O mercado imobiliário, em especial, aguarda ansioso pelo seu fortalecimento e tem certeza que a estabilidade econômica trará novos e rentáveis negócios para todos aqueles que estão vinculados a ele, seja imobiliárias, construtoras ou seus próprios investidores.