No mesmo mês em que completa seu quinto aniversário, o programa de famílias acolhedoras de Passo Fundo realiza seu terceiro encontro em Passo Fundo. Nesta quinta-feira (18), a partir das 8h, o evento “Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora” acontece no Auditório da Faculdade Imed – Rua Senador Pinheiro, número 304, na Vila Rodrigues.
O encontro é aberto para toda a rede de proteção e para a comunidade em geral. Também estarão presentes algumas das famílias acolhedoras na cidade, contando sobre a experiência de oferecer um novo lar para as crianças, assim como representantes do juizado da infância e da juventude e participantes de Santo Ângelo – outro município que realiza o projeto.
Desde sua criação, 20 crianças já passaram pelo programa de acolhimento. Atualmente oito estão acolhidas pelas seis famílias cadastradas no programa – outras duas devem fazer parte do programa nos próximos dias, aumentando o número para oito. Hoje, algumas famílias acolhem mais do que uma criança. “É bastante significativo o número de crianças, porque representa quase a metade da capacidade de uma casa de acolhimento, que pode ter 20. O resultado é muito importante, principalmente para as crianças. É uma troca de vivência de afeto. É muito especial o programa família acolhedora”, disse a Secretária de Cidadania e Assistência Social, Elenir Chapuis.
Projeto
O Serviço de Acolhimento existe amparado em lei. Diante disso, as políticas públicas destinadas a crianças e adolescentes estão voltadas à matricialidade socioassistencial, tendo como objetivo central o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. Desta forma, o Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora objetiva proporcionar para crianças e adolescentes afastados temporariamente, por medida protetiva, do convívio com a família de origem, a possibilidade de serem acolhidos por uma outra família, como alternativa ao acolhimento institucional.
Como ser acolhedor?
Para ser uma família inclusa no programa, é necssário se dirigir até a Secretaria de Assistência Social da cidade e ir até o setor de alta complexidade. Os interessados são atendidos pela equipe técnica e recebem todas as informações e diretrizes necessárias. Em mãos, é preciso ter alguns documentos: RG, CPF e comprovante de residência, renda, atestado médico de saúde física e mental, além de um documento do fórum e da delegacia mostrando que não possuem nenhum tipo de processo criminal ou judicial e outro documento mostrando desinteresse em adoção. Posteriormente, a família passa por uma entrevista técnica com assistente social e psicólogo. Por fim, a documentação é enviada para o judiciado e ministério público, onde precisa da aprovação do juiz. “É um programa bem peculiar. A famílias precisa estar bastante envolvida no processo e deixar de fazer algumas coisas para ser acolhedora. Precisa realmente querer e desejar ser acolhedora”, finalizou Elenir. As famílias também recebem um subsídio do município (recurso financeiro) para auxiliar nos cuidados com a criança e acompanhamento técnico.