Pacificação e liberdade
O grande desafio do presidente eleito Jair Bolsonaro, PSL, é pacificar o Brasil. A polarização sem precedentes na história deixou marcas profundas. É preciso apaziguar os ânimos. No primeiro pronunciamento que fez, Bolsonaro garantiu que vai governar seguindo a Constituição e que as liberdades serão garantidas: “liberdade de ir e vir, liberdade para empreender, liberdade religiosa”. Bolsonaro agradeceu aos internautas e com toda a razão. Ele fez uma campanha sem participar de debates, enclausurado por conta do atentado que sofreu e da longa recuperação. sem recursos públicos, mas apoiado por empresários. As redes sociais foram o palanque de Bolsonaro, com um exército de pessoas compartilhando infinitamente posts de toda a ordem, incluindo as famigeradas fake news, que fugiram do controle da Justiça Eleitoral. O fato é que, 55% da população brasileira decidiu dar uma guinada na forma de governar o país, rompendo com um ciclo petistas que vem desde 2002. Deixa a esquerda e vai para a extrema-direita.
Perdeu
O PT perdeu para ele mesmo, para sua arrogância e soberba. Terá que se reinventar e reconquistar espaço, porque o país precisa de pluralidade partidária se quiser manter a democracia.
Números
No Rio Grande do Sul, Bolsonaro ampliou significativamente sua votação em relação ao primeiro turno. Fez 63,74% dos votos, enquanto Fernando Haddad somou 36,76%. Em Passo Fundo, Bolsonaro fez 64,29% e Haddad 35,71%.
Novidades
Algumas novidades nestas eleições: voto crítico; neutralidade e junção do nome com o de Bolsonaro. No caso do governador Sartori (Sartonaro) não deu muito certo.
Liderança
Ciro Gomes, PDT, e Fernando Haddad, PT, devem disputar a liderança da esquerda no Brasil. Tanto Ciro quanto Haddad, estão credenciados para voltar a disputar a presidência em 2022.
Abrindo voto
O anuncio do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa e do ex-procurador da República Rodrigo Janot, de que votariam em Haddad por exclusão, não sensibilizou e nem contribuiu para a esperada virada do PT.
PSDB e MDB juntos
A eleição para o governo do Estado ficou alijada do processo, pela polarização que seu deu na campanha à Presidência. No entanto, uma coisa é certa, PSDB e MDB devem se unir logo adiante. O PSDB esteve com José Ivo Sartori durante maior parte do governo e as propostas de Leite não divergem tanto assim das que vem sendo praticadas por Sartori. Não haverá oposição. E, em nome da governabilidade, o apoio do MDB é praticamente certo.
Líder do governo
O deputado estadual eleito Mateus Wesp, PSDB, está credenciado para buscar a liderança de governo de Eduardo Leite na Assembleia Legislativa. Foi o mais votado da bancada.
Nomes
Passo-fundenses que poderão fazer parte do governo Bolsonaro: o ex-prefeito de Passo Fundo Fernando Machado Carrion e o procurador do Estado, Rudinei Candeia.