A partir desta quinta-feira a hora do estacionamento rotativo em Passo Fundo está mais cara. O preço para utilizar o espaço sofre um reajuste de 50%. O valor, que antes era de R$ 1, aumenta para R$ 1,50 para cada hora em que o veículo ocupa a área azul. O presidente da Codepas, Tadeu Karczeski, explica que um dos motivos para o aumento é que o último reajuste havia sido feito em 2013. Ou seja, o preço se manteve congelado nos últimos cinco anos. “Ela ficou defasada. Acaba não dando para cobrir as despesas e fazer as melhorias que são necessárias”, disse.
Mesmo com o novo preço de R$ 1,50, o valor é mais baixo na comparação com outros municípios. “Pelo menos na cidade onde nós pesquisamos, continua sendo o mais baixo”, completou. O presidente informa que o dinheiro arrecadado é usado em melhorias na sinalização das placas, na fiscalização e visualização.
Questionamentos
A associação de Moradores e Amigos do Centro (AMAC) solicitou ao Executivo e à Câmara de Vereadores, uma prestação de contas do estacionamento rotativo. O pedido foi formalizado na tarde de quarta-feira (31). “Sempre foi dito que a Codepas dá prejuízo”, disse o vice-presidente da União de Associações de Moradores de Passo Fundo (Uampaf) na região central de Passo Fundo, José Rodrigo Santos.
Tadeu explica que até meados deste ano, o estacionamento rotativo era deficitário na cidade, devido ao pagamento dos parquímetros. “Dava prejuízo porque tinha que pagar os equipamentos. Foram comprados lá em 2012, em 72 vezes, e começaram a funcionar em 2013. Agora nos últimos meses, precisamos fazer a contabilidade, meu contador quebrou o braço e está afastado”, completou.
Sobre a prestação de contas, o presidente da Codepas conta que ela é realizada em todo final de ano com a Prefeitura Municipal e o Conselho Interno da empresa. “Pode ser conferido por qualquer pessoa. A empresa é pública. Acontece que eu não tenho esses dados agora”, disse.
Outro questionamento é referente a Lei Municipal 4.781 de 2011, que estabelece um repasse de 10% do lucro obtido no estacionamento rotativo para a Fundação Municipal de Prevenção às Drogas (Funpred). “Isso eu tenho certeza. Nós nunca repassamos. Até porque tava dando prejuízo. Não tem como repassar lucro quando não se tem”, finalizou Tadeu Karczeski, que vai analisar a situação nos próximos dias.