OPINIÃO

Fatos 17 e 18.11.2018

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Desconforto na base

Causou desconforto entre os partidos que integram a base do prefeito Luciano Azevedo a informação de que o PSDB deve lançar o radialista Lucas Cidade como candidato a prefeito em 2020. Num governo de coalizão, como o de Luciano, o normal seria que a discussão fosse feita primeiro entre os partidos da base e no momento oportuno. O prefeito também não gostou e considerou a atitude precipitada. “Lançar uma candidatura agora é um desrespeito com um governo que nem chegou à metade de seu mandato. Antes de pensar na eleição de 2020, o deputado Mateus Wesp, que preside o PSDB local, deveria se preocupar em fazer um grande mandato e ajudar a cidade. É isso que Passo Fundo espera dele”, afirmou. Luciano foi duro na declaração e deixou claro que quem se sentir incomodado no governo pode se retirar, inclusive o PSDB, que ocupa generosos cargos na administração municipal.

Mais médicos

A decisão do governo cubano em romper, unilateralmente, a participação no programa Mais Médicos no Brasil, foi considerada precipitada por alguns analistas. No entanto, é conveniente mencionar, que essa atitude seria tomada por Cuba mais cedo ou mais tarde. As divergências ideológicas entre Cuba e o futuro governo do Brasil são óbvias e a parceria não se sustentaria.

O que será feito?

Resta saber se o governo Bolsonaro vai manter o padrão atual do programa, mesmo com contratações de profissionais brasileiros ou os municípios vão arcar com os custos? A CNM já manifestou contrariedade se houver mudanças. Em Passo Fundo, sem o convênio com o governo federal, o custo de apenas um profissional representa quatro vezes mais do que o valor pago aos quatro médicos cubanos na parte que cabe ao município. É uma diferença estrondosa.

Chapada

Prefeito de Chapada, Carlos Catto, mais uma vez nos noticiários. Convidou o médico cubano Richel Collazo Cruz, 36 anos, para ser secretário da Saúde. Objetivo é manter o médico no muncípio, onde ele está desde 2014. Catto também foi o primeiro e único até agora do interior, a oferecer abrigo a 50 imigrantes venezuelanos. Aliás, estão todos trabalhando, segundo reportagem de ON nas páginas 12 e 13 desta edição. 

Censo ameaçado

O IBGE lançou nota nesta sexta-feira manifestando preocupação com o futuro da produção de informações estatísticas no país, que dependem  de recursos financeiros, tecnológicos e, principalmente, humanos para serem captadas. Desde 2008, o IBGE perdeu mais de 2,4 mil servidores, o equivalente a um terço do total. Este quadro pode se agravar ainda mais, chegando a um impasse, pois, hoje, mais de um terço do quadro funcional do IBGE já está apto a requerer aposentadoria. Essa crise ameaça todo o plano de trabalho do Instituto, incluindo a realização do Censo Demográfico 2020, que já se encontra em planejamento. 

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