Possibilitar a crianças e jovens garotas de Passo Fundo a inserção em atividades lúdicas e profissionais, preparando-as para o mercado de trabalho e o convívio com pessoas e novas culturas, são as metas do Lar da Menina Padre Paulo Farina. A entidade está com inscrições abertas para o acesso de meninas no próximo ano, de quatro anos, completos até 31 de março de 2019, a 14 anos. Atualmente, cerca de 100 meninas são assistidas pelo Lar, que há 62 anos realiza atividades do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (assistência social) desenvolvidas no turno inverso ao escolar. Por isso, é obrigação matricular as meninas em uma Escola regular no outro turno.
“Antes o Lar atendia a partir do primeiro ano, que é a idade das Escolas, mesmo porque na idade de antes, era a faixa etária que nós tinhamos a Escola de Educação Infantil Beneficente Lucas Araújo. No ano que vem, com o encerramento da Educação Infantil, a gente ampliou para atender no Lar da Menina a partir dos quatro anos, que inclui a idade da pré educação”, ressalta a assistente social da Instituição, Camila Bottesini.
A grande maioria das meninas frequenta a Escola Maurício Sirotsky Sobrinho, próximo a Instituição, o que torna o acompanhamento do alunos mais preciso. “É obrigatório por lei na idade delas estarem na escola, então não tem como nós oferecer a vaga se elas não estiverem matriculadas no ensino regular. Nós desenvolvemos atividades de assistência social e a escola, de educação. Nós percebemos que muitas dessas meninas aprimoraram suas habilidades e conseguiram melhorar o nível de aprendizado. Por isso, esse trabalho é muito importante para nós”, salienta a assistente social.
Oficinas
A entidade realiza atividades que envolvem a inclusão entre os grupos. Oficinas de música, culinária, informática, dança, capoeira, artes, contação de histórias e grupos para discussão de assuntos atuais e que fazem parte do cotidiano das meninas. Para dar conta de todas as atividades, o Lar da Menina possuí cerca de 15 profissionais.
“Eu acho que o trabalho desenvolvido com essas meninas é de grande importância. A grande maioria delas não teria condições de buscar tantas outras oficinas e oportunidades fora daqui, mesmo porque teriam que pagar por isso, e aqui a gente oferece gratuitamente um serviço que é de qualidade e bem diversificado. A grande maioria das meninas e famílias vivenciam situação de vulnerabilidade ou risco social, e essas oportunidades podem ser únicas”, explica Camila.
Como participar da seleção
As famílias que têm interesse em inscrever para concorrer à uma vaga para o Lar da Menina, devem apresentar os documentos solicitados na resolução, junto à coordenação da Entidade, das 8h às 11h e das 13h30 às 17h, até sexta-feira (23). Na avaliação serão consideradas - renda bruta familiar, número de pessoas do grupo familiar e vulnerabilidade socioeconômica.
“Na verdade como é a parte de assistência social, nós procuramos atender o público que realmente precisa. Então, não quer dizer que se inscrevendo ela já está fazendo parte do Lar. A gente realiza uma seleção e analisa todos critérios. Por isso, é importante, que toda a documentação esteja de acordo com a realidade de cada família”, esclarece Camila.
A Fundação
A Fundação Lucas Araújo desde quando deu inicio as suas atividades atendeu meninas e meninos carentes, atentendo pelo nome de Asilo de Crianças. Por muitos anos, a instituição funcionou em caráter de internato, onde as crianças permaneciam todos os turnos. A partir de 1956, o atendimento passou a ser realizado apenas para meninas. O que permaneceu, foram os espaços de convivência, formação para a participação e cidadania, desenvolvimento da autonomia destas crianças e adolescentes, a partir dos interesses, demandas e potencialidade. A Fundação completa 90 anos em 2018.
Além disso, A Fundação oferece os abrigos de Idosos São José e João XXIII, que atendem 70 idosos em caráter de moradia. Para estes idosos o ambiente é como o próprio lar. Os idosos são divididos em alas de acordo com as necessidades. Os mais debilitados ficam na ala João XXIII e os mais independentes, na ala São José. O ambiente é voltado para acolhe-los e certificá-los de seus diretos, mantendo os familiares próximos, preservando os vínculos, e quando rompidos, a entidade atua com a intenção de reatar.