Toda a discussão de orientação educacional tem sua importância e fulcros compatíveis com o estado republicano. A vitalidade conservadora passou a existir e investir fortemente em postulados que refletem conclusões estratégicas para combater o comunismo. As propostas no Congresso Nacional que visam estancar suposta escalada de liberdades na educação segregam censura. O texto que tramita no legislativo não chega a criminalizar o professor, como propagam os opositores à ideia. Pretende limitar a escola de todos os partidos. O problema é que se espalha pensamento de ordem fundamentalista contra escola de amplos horizontes, ainda que esta possa significar conflitos com a sociedade e a própria visão dos pais. Os reclusos familiares também podem ser debatidos, neste andar veloz das contradições. Todavia, a escola sem censura é mais palatável. E não há dúvida de que nos deparamos com paranoias, de ambos os lados, que podem prejudicar o avanço pedagógico nas escolas.
Professor forte
Professor dedicado, exigente e hábil, não pode ser raridade. Neste sentido, a polêmica da escola de todos os partidos, ou apenas de uma corrente partidária, é desatenção à prioridade. A base do aprendizado deve crescer. O conhecimento dos fundamentos pende de mais solidez. Infelizmente estamos decrescendo na fixação do saber fundante, como ler e escrever. O elementar é ligado diretamente ao professor, que deve ser prestigiado. Daí, os passos seguintes, situam-se na linha do pensamento do saber. A ideia e o pensamento são de todos, indômitos. Como diz o ditado italiano: “Pensiero non paga gabella” (pensamento não paga imposto). Com o básico imprescindível inicia-se o processo de formação individual. Fortalecer o professor, inclusive com remuneração digna, é passo indispensável para formação libertária. Se o cidadão será comunista ou não, ou se terá apenas o olhar para dois sexos (feminino e masculino), não será definição que se resolva via fundamentalismos. Há quem, em nome da religião ou crença, condicione o desígnio divino a seu crivo humano, desnaturando a complexa questão sexual. É o mesmo que fincar moirão podre no banhado.
Auxílio moradia
A difusão dos números que elevaram a remuneração do judiciário Brasileiro causou preocupação entre maioria daspessoas. A repercussão da matéria terá novo choque quando os estados tiverem que pagar o aumento sob o efeito cascata no Ministério Público e casas legislativas. Nos segmentos beneficiados estão justamente os que sabem o que significa o represamento salarial do magistério e a crise do país. Ninguém duvida que magistrados, procuradores e promotores pagos pelo estado devam ser bem remunerados. O momento, com garantia apenas para castas salariais do estado combalido, causa estranheza. A única explicação que certamente se ouvirá de Bolsonaro é de que: o que está feito, está feito. O ministro Luiz Fux revogou o auxílio moradia dos magistrados. Muita gente está pensando: pelo menos isso!
Mais pobres
A renda dos mais pobres caiu em relação ao ano de 2016. Os mais ricos ampliaram rendimento. A vilania dos juros comandada pela política dos banqueiros deixa os assalariados médios e pobres em desespero. Quem tem dinheiro compra tudo mais barato, na regra da oferta e procura. A política tem como interferir nisso. No Congresso não passa qualquer anistia para pequenos produtores sem beneficiar os grandes devedores. Com as multas ambientais ocorrem barbaridades de favoritismos. Projeções de sadio capitalismo indicam que empobrecimento e redução da economia doméstica não é bom. No final todos perdem!
Pessoas difíceis
Não me recordo de ter revelado coisas sobre dificuldade nos relacionamentos com pessoas narcisistas, histriônicas, invejosas, ou psicopatas de diferentes escalas de afetação. Mesmo assim o livro “Convivendo com Pessoas difíceis” de Jorge A. Salton aborda circunstâncias de um cotidiano de espantosas coincidências universalizadas. Aprofundando temas pertinentes aos fenômenos do maniqueísmo e empatia, o autor revela invulgar capacidade em oferecer o pensar científico (de médico psiquiatra) para melhorarmos as relações. Desprendimento e alta capacidade fecham contexto de valores contidos na obra.