Ao contrário do que indica o cenário nacional, que aponta a diminuição em 2,3% dos casamentos em 2017 sob o ano anterior, os passo-fundenses mantém estável o número de registros civis. Em 2018, foram celebrados 628 casamentos, sendo apenas 63 casamentos a menos do que o ano de 2017. Destes, 596 foram realizados no Cartório de Registro Civil de Pessoas. Na região, a cidade menos casamenteira, foi o município de Carazinho, com 0,08 pessoas a cada mil habitantes. No Estado, de acordo com a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen), em 2018, para 11,3 milhões habitantes, foram 25,1 mil uniões em cartório.
Em relação a união de pessoas do mesmo sexo, uma pesquisa Estatísticas do Registro Civil divulgadapelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) mostra que, comparando os anos de 2016 e 2017, no Brasil, houve um aumento de 10% no número de registros. Ao todo, em 2017, houve 2.500 casamentos entre homens e 3.387 entre mulheres. O aumento foi de 5.354, em 2016, para 5.887, em 2017. No estado, em dezembro do ano passado, teve 2,6 mil casamentos homoafetivos, 323% mais do que em dezembro, quando foram celebrados 614 uniões.
Além disso, pelos dados divulgados pelo IBGE, o número de divórcios cresceu 8,3% em 2017. É o equivalente a 2,48 divórcios para cada mil pessoas com 20 anos de idade ou mais no país. A pesquisa mostra ainda que, na maioria dos casos (45,8%), os casais que se divorciam têm somente filhos menores de 18 anos. Outros 28,7% não têm filhos, 16,9% têm somente filhos maiores e 7,8% têm filhos maiores e menores.
Tempo médio dos casamentos
Em 2007, a média de duração de um casamento civil poderia ser estimada em 17 anos. Dez anos depois, o tempo médio entre a data do casamento e a data da sentença ou escritura do divórcio caiu para 14 anos, segundo as Estatísticas do Registro Civil 2017, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa mostra que entre 2016 e 2017 o número de uniões registradas diminuiu 2,3% e o número de divórcios aumentou 8,3%. A gerente da pesquisa, Klívia Oliveira, mostrou que este é o segundo ano consecutivo com aumento do número de divórcios e diminuição de casamentos. “A proporção é de três casamentos para cada divórcio”, comenta. E a exceção fica por conta dos casamentos homoafetivos que, apesar de representarem pouco mais de 0,5% das uniões registradas, são a porção que segue crescendo, com aumento de 10% em 2017.
As novas dinâmicas das famílias brasileiras também podem ser captadas a partir da pesquisa do IBGE. Klívia destaca o aumento significativo do percentual de divórcios judiciais com sentença de guarda compartilhada dos filhos: essa modalidade de guarda passou de 7,5% em 2014, para 20,9% em 2017. “A partir de 2014, a lei colocou que a guarda seja prioritariamente compartilhada, a não ser que exista algum problema que de fato impeça”, comenta a pesquisadora. Ainda assim, a mulher continua sendo a responsável pela guarda na maioria dos registros de divórcio. “Esse cenário está se modificando”, diz Klívia. “Percebemos que os filhos não são mais um impedimento para os casais se separarem”.