A Petrobras voltou a reduzir o preço da gasolina na refinaria. A estatal anunciou na última quarta-feira (09), o corte de 1,38% no preço médio do litro, para R$ 1,4337. Esta foi terceira redução desde o final de dezembro, totalizando 8%. O resultado já se verifica nos postos de combustíveis, com preços mais acessíveis aos consumidores.
Os postos do estado começaram a receber a gasolina mais barata nessa semana. Em Passo Fundo, a gasolina comum está custando, em média, R$ 4,37, segundo levantamento feito pelo O Nacional em 15 postos. O valor mais baixo encontrado foi de R$ 4,26 e o mais alto R$ 4,49. A tendência é de que ocorram novas quedas já que o preço da gasolina na distribuidora segue reduzindo. Segundo uma pesquisa da Receita Estadual a previsão era de queda de R$ 0,27 no ICMS após a virada do ano, o que também influencia no preço final. O economista Julcemar Zilli,disse que não é possível prever de quanto será a redução na, uma vez que o mercado de combustíveis é instável. Alguns postos não operaram ontem, aguardando novos carregamentos do combustível.
Em novembro do ano passado, o preço médio em Passo Fundo, levando em consideração o preço da gasolina em 49 postos, era de R$ 4,70. Já em dezembro, em 48 postos a média era de R$ 4,50 e até o dia 05/01 a ANP consultou 11 postos e calculou a média de R$ 4,46.
Diferença na gasolina
Gasolina Comum: É um combustível que não tem aditivos de limpeza, ela não possui substâncias que protegem o motor. A Gasolina Comum deixa resíduos de combustão depositado sobre às válvulas de admissão do motor, comprometendo as misturas entre ar e combustível ao longo do tempo. A sujeira pode comprometer o funcionamento do veículo, resultando num aumento de consumo.
Gasolina Aditivada: É composta por aditivos e dispersantes químicos que podem ajudar na limpeza do motor. Esse detergente ajuda a “desprender” a sujeira, já os dispersantes removem essa sujeira. Ainda existe o FMT que cria uma película de proteção nas partes internas do motor e reduz o atrito, com menos atrito a energia que seria desperdiçada pelo motor é melhor aproveitada em forma de potência nas acelerações.
Como o preço final é calculado?
O preço que a Petrobras pratica ao comercializar a gasolina "A" para os distribuidores pode ser representado pela soma de duas parcelas: a parcela valor do produto Petrobras e a parcela tributos, que são cobrados pelos estados e pela União. Na maioria dos estados, o cálculo do ICMS é baseado em um preço médio ponderado ao consumidor final (PMPF), atualizado quinzenalmente pelos seus governos. Isso significa que o preço nos postos revendedores pode ser alterado sem que tenha havido alteração na parcela do preço que cabe à Petrobras. No preço que o consumidor paga no posto pela gasolina C, além dos impostos e da parcela da Petrobras, também estão incluídos o custo do Etanol Anidro (que é fixado livremente pelos seus produtores), os custos e as margens de comercialização das distribuidoras e dos postos revendedores. Ao entender que a cadeia de formação do preço da gasolina é composta por diversas parcelas, fica fácil perceber que qualquer alteração em pelo menos uma delas terá reflexos, para mais ou para menos, no preço que o consumidor da gasolina 'C' pagará na bomba.
Sobe e desce
Segundo o economista Julcemar Zilli, o aumento e a redução dos preços do combustível são dois processos diferentes. “Se a Petrobras reduz em 6% para a refinaria, o índice que esta repassa aos postos, pode ser de 3% e os postos por sua vez podem repassar um índice ainda menor, para garantir melhor margem de lucro”, explica. A redução é um processo que passa por vários níveis, já o aumento não. Para aumentar o preço do combustível, basta que os postos optem por esse aumento por conta própria. Quando nas bombas ainda tem combustível que foi pago mais barato, geralmente aumentam o preço para ganhar mais, antes de adquirir combustível por preços mais altos.