Passo Fundo se mantém entre as 100 melhores cidades para fazer negócios

Município caiu no ranking das 100, ocupando a 42ª posição no país e ficou na 5ª posição no Estado, segundo pesquisa da UrbanSystems

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Cerimônia de inauguração do Passo Fundo Shopping, na noite de 7 de novembroCerimônia de inauguração do Passo Fundo Shopping, na noite de 7 de novembro
Cerimônia de inauguração do Passo Fundo Shopping, na noite de 7 de novembro
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Passo Fundo se mantém entre as 100 melhores cidades brasileiras para se fazer negócio, no entanto, perdeu 12 posições de um ano para outro. Em 2017, o município ocupava a 30ª posição no indicador, ficando na 42ª em 2018. No Índice de Qualidade Mercadológica (IQM), metodologia que define a classificação dos municípios, Passo Fundo ficou com média11,533. A cidade de Vitória (ES) ficou em primeiro lugar na tabela, com IQM 13,804. A pesquisa é realizada anualmente pela Urban Systems a pedido da Revista Exame, que divulga os dados em primeira mão.O estudo, focado em regiões do país com maior oportunidade de crescimento, avalia as cidades a partir de quatro temas: desenvolvimento econômico, capital humano, desenvolvimento social e infraestrutura. Cada área possui uma média, ou IQM.


No Estado, Passo Fundo é a quinta melhor cidade para fazer negócio, atrás de Porto Alegre (4º lugar no ranking geral), Santa Cruz do Sul (20º), Bento Gonçalves (27º lugar) e Erechim (41º). No índice de 2017, era a quarta. A vizinha Erechim, que está na frente de Passo Fundo, conquistou a 22ª posição no quesito Desenvolvimento Econômico. Nessa tabela, Passo Fundo não consta. Este item é calculado a partir de números do Valor Adicionado do Produto Interno Bruto (PIB), nos diversos setores da economia, e do PIB per Capta, além das porcentagens de empregos, balança comercial e crescimento de Microempreendedores Individuais (MEI). Valores envolvendo a gestão fiscal também compõem a média.


Polo de educação e com economia diversificada, o único indicador em Passo Fundo subiu foi o de Capital Humano. Em 2018, ficou na 13ª posição, com indicador de 4,531 IQM. Em 2017, o município estava na 31ª colocação neste índice. Entre os municípios gaúchos, só Porto Alegre está na frente de Passo Fundo em Capital Humano. A Capital ficou em 10ª, no ranking nacional. Neste item, a Urban Systems analisa questões sociodemográfica,econômicas e do setor de educação, em diferentes níveis de ensino, contrapondo não apenas a oferta do capitalhumano atual, como olhando também para o cenário futuro.


Infraestrutura
No aspecto infraestrutura, Passo Fundo perdeu posições, ficando em 73 no ano passado. Em 2017, estava na 66ª colocação. O IQM ficou em 2,937. Os indicadores de infraestrutura estão condicionados às facilidades que proporcionam ao desenvolvimento deempresas e negócios nas cidades.Com dados que tratam desde a infraestrutura básica (distribuição de água, por exemplo) até a questão detelecomunicação, os números apontam cidades que não possuem barreiras para o desenvolvimento denegócios de diferentes segmentos. De acordo com a Urban Systems, em economias cíclicas, é importante que a cidade tenha condições favoráveis para instalação de indústrias e de empresas de serviços.

 

Sobre a pesquisa
Para o ranking, são analisados 310 municípios com mais de 100 mil habitantes. Juntas, essas cidades representam 70,4% do PIB Brasileiro, além de concentrar 62,1% das empresas, 72,6% dos empregos formais e 56,5% da população brasileira.O cálculo do Índice Mercadológico permite que se parta de valoresespecíficos de cada informação que variam em natureza,complexidade e unidades de medida, para se chegar a valoresponderados que podem ser analisados em uma mesma equação.O Índice de Qualidade Mercadológica (IQM®) é construído quandoo objetivo é prospectar e hierarquizar as melhores áreas potenciaispara investimentos.


O principal objetivo do índice é servir como termômetro para indicar as especificidades de cada cidade e, assim, auxiliar empresários a tomar decisões sobre futuros investimentos.

 

Investimentos
Apesar da queda nas posições, 2018 foi sinônimo de investimentos para Passo Fundo. Dois empreendimentos, o Passo Fundo Shopping e uma filial da Havan, entraram em funcionamento no segundo semestre do ano passado.


O primeiro a abrir as portas ao público foi o shopping, no dia 8 de novembro, após quatroanos de obras. Com investimento de R$ 210 milhões, a inauguração foi vista como o início de um novo ciclo no desenvolvimento econômico da cidade e, em especial, do bairro São Cristóvão. A estimativa é que o empreendimento estimule mais de 2 mil empregos. Nos anos seguintes, as finanças da Prefeitura devem ser incrementadas com o retorno do ICMS, já que principal critério para calcular a participação do município é o Valor Adicionado Fiscal. O VAF representa a diferença entre as vendas e compras de mercadorias e serviços de todas as empresas.


Um mês depois, foi a vez da rede catarinense iniciar suas operações, na avenida Brasil, ao lado do Stock Center. A megaloja da Havan, de 7,4 mil metros quadrados, teve um investimento de mais de R$ 40 milhões. A estrutura foi erguida em menos de seis meses. Mais de 100 empregos diretos foram gerados com o investimento.

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