Faltam médicos em 13 municípios da região

As vagas remanescentes são referentes à primeira etapa do programa, destinado para profissionais brasileiros e formados no país. Governo chamará médicos formados no estrangeiro a partir de agora

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Pelo menos 13 municípios da região, abrangida pela 6ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), estão com déficit de médicos desde a saída dos profissionais cubanos do Programa Mais Médicos. Em cinco deles, os candidatos que tiveram inscrição homologada, pela portaria nº 335, de 26 de dezembro de 2018, não se apresentaram para trabalhar. O prazo para os médicos brasileiros comparecerem nas prefeituras encerrou no dia 10 de janeiro. David Canabarro, Ernestina, Fontoura Xavier, Paim Filho, Tunas estão sem os profissionais.

 

Em outros oito municípios da região, também há vagas remanescentes, mas não houve profissionais homologados na última chamada. São eles: Almirante Tamandaré do Sul, Campos Borges, Capão Bonito do Sul, Coqueiros do Sul, Ibiraiaras, Mormaço, Muliterno e Santa Cecília do Sul.

 

Apesar do déficit, o governo Federal estabeleceu um calendário para preencher as vagas dos cubanos. A primeira etapa dava preferência para médicos brasileiros formados no Brasil. Do dia 11 de janeiro até ontem (16), as inscrições estavam disponíveis para médicos brasileiros formados no exterior. O resultado dessa etapa está previsto para sair na próxima semana. Se, após essa nova chamada, ainda houver vagas, o governo abrirá possibilidade para médicos estrangeiros ingressarem no programa.

 

O levantamento foi realizado pela reportagem de O Nacional com base em documentos e portarias publicadas pelo Ministério da Saúde. Todas as informações podem ser acessadas no site oficial do programa.

 

Utilização de militares

O Ministério da Defesa autorizou o emprego das Forças Armadas em apoio a parte logística do Programa Mais Médicos. A decisão, publicada no Diário Oficial da União (DOU) de ontem (16), vale para todo o território nacional e detalha a atuação do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.

 

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo, estará no comando das ações envolvendo os médicos militares no programa, de acordo com o texto publicado no Diário Oficial. Na portaria publicada, na seção 1, página 19, os militares atuarão para a recepção, hospedagem, transporte e distribuição dos médicos intercambistas e supervisores nos municípios de atuação em apoio ao programa.

 

Haverá um oficial de cada Força para assumir a função de ligação entre os demais e assim trocar informações e definir ações. De acordo com os coordenadores do programa, os militares participam do Mais Médicos na recepção dos integrantes do programa em aeroportos e no deslocamento aéreo para capitais e centros de capacitação. O apoio logístico será feito de forma integrada com os ministérios da Saúde e da Educação e Casa Civil.

 

Relembre

Mais de oito mil médicos cubanos atuavam em todo o país no programa Mais Médicos. Porém, no dia 14 de novembro do ano passado, o governo de Cuba anunciou a retirada de seus profissionais do programa, por não aceitar as novas exigências impostas aos médicos do país. Criado em 2013, no governo Dilma Rousseff, o programa tem o objetivo de levar assistência médica às periferias e às mais distantes regiões brasileiras.

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