Novo conceito de produção é apresentado em Passo Fundo

Conceito de plataforma, que deixa de oferecer um único produto e passa a ser um sistema, foi acompanhado de apresentação de nova biotecnologia

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Nova tecnologia apresentada tem resistência às lagartas da maça, falsa-medideira, a broca das axilas e a broca da soja, e, a novidade, à helicoverpa e à spodópteraNova tecnologia apresentada tem resistência às lagartas da maça, falsa-medideira, a broca das axilas e a broca da soja, e, a novidade, à helicoverpa e à spodóptera
Nova tecnologia apresentada tem resistência às lagartas da maça, falsa-medideira, a broca das axilas e a broca da soja, e, a novidade, à helicoverpa e à spodóptera
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Um novo conceito de cultivo de soja foi apresentado em Passo Fundo nesta semana. Aliado a uma nova biotecnologia, a novidade deixa de ser um único produto e passa a ser um sistema de produção. A nova soja geneticamente modificada apresentada é resistente a mais tipos de lagartas e também a um novo herbicida que ainda não é usado na cultura no Brasil e que tem como promessa facilitar o controle de plantas daninhas de difícil manejo no Rio Grande do Sul, como a buva. Outro benefício é a ampliação do patamar produtivo.


Conforme o gerente de lançamento de Intacta 2 Xtend, Fábio Passos esta foi a primeira vez que os principais produtores de soja da região puderam ver a terceira geração de biotecnologia da Bayer plantada. Além do novo material genético, uma nova proposta de forma de cultivo foi apresentada. “O conceito de plataforma deixa de ser um único produto e passa a ser um sistema onde vamos utilizar toda parte de recursos do produtor, de fertilização, aplicações e pulverizações, assegurando no final um incremento de produtividade significativo. Vai ser a nova era da soja com outro patamar de produtividade”, pontua. Com a nova tecnologia, além das lagartas da maça, falsa-medideira, a broca das axilas e a broca da soja, a soja terá resistência à helicoverpa e a spodóptera.


Conforme ele, a nova soja apresentada traz pela primeira vez no Brasil o conceito de piramidação pensando em lagartas. Com ampla proteção de lagartas a nova biotecnologia apresenta três proteínas que amplia a resistência a lagartas, além disso tem inédita tolerância ao ultra-herbicida na cultura da soja, o Dicamba. “Pensando principalmente no produtor do Rio Grande do Sul que sofre muito com o manejo de daninhas como buva e corda de viola que são plantas de difícil controle”, pontua. Esse defensivo agrícola controla mais de 270 espécies de daninhas e é um ingrediente ativo que não está na cultura da soja. “Além disso, teremos uma genética avançada, produtos e variedades desenvolvidos para a tecnologia com arquitetura nova e pacote de doenças respeitando as características de doenças e ciclos regionais, muito material desenvolvido para o Rio Grande do Sul. E também estamos falando de manejo inteligente onde começa a utilizar a operação do produtor com utilização de melhores produtos e formulações com melhores recomendações técnicas suportados pela agricultura digital”, acrescenta.


Com esse novo sistema de manejo o objetivo é proporcionar um uso mais consciente e eficiente de determinados produtos. “Hoje o produtor tem alternativas, mas quando começa uma safra errada ele perde o time e perde muito por má competição”, pontua. O novo ingrediente ativo complementar ao glifosato em doses ideais busca evitar que mais seja usado mais produto do que o necessário tanto para evitar perdas econômicas, quanto na liberação destes ativos no meio ambiente.


Conforme Passos as novas biotecnologias tendem a beneficiar o meio ambiente. “Estamos falando em lagartas, o número de aplicações cai e se evita o uso de inseticida, maquinário, emissão de CO2, uso de água. Outro objetivo é produzir mais na mesma área para assegurar que não seja necessário expandir fronteiras para ser mais efetivo. O que falamos é um conceito de fazer mais com menos e esse é o conceito da plataforma Intacta 2 Xtend. E que compense produzir mais na mesma área”, reforça.


Passos explica ainda que a tecnologia será lançada comercialmente em 2021, mas já na próxima safra haverá mais de 300 áreas plantadas. “Temos muitos dados internos, mas chegou o momento de trazer os principais produtores para eles entenderem como funciona”, pontua. Além do lançamento, a empresa mantém um grande portfólio de desenvolvimento de novas biotecnologias. “O desafio do produtor muda e olhar para frente e enxergar os desafios antes que aconteçam é importante”, completa.

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