O trecho da ERS 324 compreendido entre os municípios de Passo Fundo e Marau agora é denominado Rodovia Tarso de Castro. Aprovada pela Assembleia Legislativa, a lei foi sancionada na quinta-feira (17) pelo governador Eduardo Leite. O texto foi publicado na edição de sexta (18), do Diário Oficial do Estado (DOE).
O projeto foi proposto pelo então deputado Juliano Roso (PCdoB) e foi aprovado durante sessão de 18 de dezembro, por 43 votos favoráveis e nenhum contrário. Trata-se de um reconhecimento ao jornalista gaúcho, nascido em Passo Fundo, Tarso de Castro (1941-1991), um dos grandes nomes do jornalismo brasileiro, que atuou nas décadas de 60, 70 e 80.
Outra Lei estadual, de nº 12.505, de 23 de maio de 2006, denomina a Rodovia ERS-324 no trecho compreendido entre os municípios de Passo Fundo e Ronda Alta, de Rodovia Múcio de Castro, pai do jornalista homenageado.
Tarso de Castro
Boêmio. Provocador. Sedutor. Revolucionário. Apesar da vida breve, Tarso de Castro teve uma trajetória notória, e deixou sua colaboração ao jornalismo brasileiro. Dos ousados que se ocupam da difícil tarefa que é tentar definir sua personalidade, algumas características sempre sobressaem: o jornalismo, o álcool e as mulheres.
Filho do diretor e consolidador do jornal O Nacional, de Passo Fundo, Múcio de Castro.Foi o criador do caderno “Folhetim” da Folha de São Paulo. Foi também um dos fundadores do polêmico jornal O Pasquim, do qual foi editor por 80 edições, juntamente com Jaguar, Sérgio Cabral, Luiz Carlos Maciel, dentre outros.O Pasquim era um semanário alternativo de combate à ditadura militar.
Morreu em São Paulo, antes de completar 50 anos, de cirrose hepática. Sua biografia, Tarso de Castro -75 kg de Músculos e Fúria, escrita pelo jornalista Tom Cardoso, foi lançada em 2005 pela editora Planeta. Também em 2018, sua vida ganhou as telas com um documentário “A vida extra-ordinária de Tarso de Castro”, dirigido por Leo Garcia e Zeca Brito.