Passo Fundo cresce 21% na geração de emprego

O município teve resultado positivo de 1,1 mil contratados com carteira assinada

Por
· 2 min de leitura
O comércio foi o setor que mais gerou empregos no municípioO comércio foi o setor que mais gerou empregos no município
O comércio foi o setor que mais gerou empregos no município
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Passo Fundo cresceu 21% na geração de emprego formal em 2018, na comparação anual. Ao total, foram mais de 1,1 mil novas vagas com carteira assinada. Em 2017, foram 932 novos postos de trabalho. Com o último resultado, o município fecha o segundo ano consecutivo com variação positiva na estatística. Os dados, calculados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram divulgados ontem (23) pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.


O setor que mais gerou emprego no ano foi o comércio, com 651 vagas em 2018. Logo atrás estão os setores de serviço com 399 postos e indústria, com 73 novas contratações. A construção civil fechou o ano no negativo, com 138 demissões a mais do que contratações. Em 2017, o saldo deste setor havia sido de -50 vagas.


Em dezembro, especificamente, o saldo foi negativo no município. Foram fechadas 236 vagas. No indicador por setor econômico, somente o comércio fechou o mês com mais contratações do que demissões (17). Os serviços fecharam 161 postos, a indústria da transformação fechou 43 e a construção civil fechou 38.

 

Primeiro saldo positivo desde 2014
O Brasil encerrou 2018 com saldo positivo de 529,5 mil empregos formais. Esse foi o primeiro saldo positivo desde 2014, quando houve geração de 420,6 mil empregos formais. O setor que gerou o maior saldo positivo de empregos formais foi o de serviços, com 398,6 mil, seguido pelo comércio (102 mil). A administração pública foi a única a registrar saldo negativo, 4,19 mil. De acordo com a secretaria, essas demissões no serviço público devem ter ocorrido pela restrição fiscal em estados e municípios e são referentes apenas a trabalhadores celetistas.
Com relação às mudanças introduzidas pela nova lei trabalhista, no acumulado do ano, o Caged registrou 163,7 mil desligamentos por acordo entre empregador e empregado.Na modalidade de trabalho intermitente, em que o empregado recebe por horas de trabalho, o saldo positivo de geração de empregos superou 50 mil, a maioria no setor de serviços (21,8 mil).


O trabalho parcial registrou saldo positivo de 21,3 mil de contratos de trabalho.No total das duas modalidades, cerca de 3 mil trabalhadores tinham mais de um contrato de trabalho. De acordo com o diretor de Emprego e Renda do Ministério da Economia, Mário Magalhães, o trabalho intermitente e parcial foram responsáveis por 9,7% do saldo total de empregos formais em 2018.


Salário
O salário médio de admissão em dezembro de 2018 ficou em R$ 1.531,28 e o de demissão, R$ 1.729,51. Em termos reais (descontada a inflação), houve crescimento de 0,21% no salário de admissão e perda de 1,39%, no de desligamento, em comparação ao mesmo mês do ano anterior. O secretário do Trabalho, Bruno Dalcolmo, reconheceu que “ainda é bastante pequeno” o crescimento real do salário de admissão. Segundo ele, o aumento do salário em período de retomada da economia é gradual. “Os salários tendem a demorar um pouco para subir”.
Segundo ele, na retoma da econômica, após período de recessão, primeiro há aumento da informalidade, depois vem a contratação com carteira assinada e só então, os salários passam a subir gradualmente.

 

Dezembro
De acordo com a secretaria, em dezembro, devido às características habituais do período para alguns setores, houve retração no mercado formal. A queda no mês ficou em 334,4 mil postos, resultado de 961,1 mil admissões e 1,2 milhão de desligamentos. No mês, apenas o setor de comércio registrou saldo positivo (19,6 mil postos). A indústria da transformação foi o setor que registrou a maior retração (118 mil), seguida serviços (117,4 mil) e construção civil (51,6 mil). Segundo Magalhães, em dezembro, a indústria costuma demitir, depois de atender a demanda de final de ano do comércio. “A agropecuária está em período de entressafra”, acrescentou. Ele citou ainda que no setor de serviços, o peso maior é os segmentos de ensino, com demissão de trabalhadores temporários tanto na iniciativa privada quanto na pública. “Apenas o comércio que ainda pode permanecer contratador. Construção civil tem período de chuvas, com suspensão dessas atividades de obras”.

Gostou? Compartilhe