Mais de 58 mil consultas agendadas foram perdidas no ano passado

Secretária de Saúde alerta que essa ausência tira o lugar de outra pessoa, além de causar prejuízos financeiros à Prefeitura

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Os pacientes não compareceram em mais de 30% das consultas agendadas pela Secretaria de Saúde de Passo Fundo, em 2018. Ao total, foram oferecidas 189,3 mil consultas entre áreas de responsabilidade do município e convênio da Prefeitura com o ambulatório da UPF. Destas, 128,2 mil foram realizadas. 

 

O dado aponta que 58,2 mil consultas agendadas foram perdidas, em virtude da ausência dos pacientes. “Temos um percentual alto de ausência da população em consultas, o que é preocupante. Essa ausência tira o lugar de outra que pessoa que está precisando muito de uma consulta, além de causar prejuízos tanto de tempo quanto financeiro às equipes e ao investimento feito em saúde”, destaca a secretária de Saúde, Carla Gonçalves.


Carla explica que, além das áreas que são de responsabilidade do município, com especialidades básicas, a Prefeitura mantém um convênio com o ambulatório para ofertar especialidades que competem ao estado. “Pelas dificuldades em conseguir consultas com especialistas providos pelo estado, fechamos esse convênio com a UPF a fim de que o município também possa ofertar isso e colaborar com o fluxo de atendimento”, explicou.


Nas áreas ofertadas pelo município a falta dos pacientes em consultas chegou a mais da metade em algumas áreas, como a psicologia (51%) e a nutrição (61%). Outras áreas tiveram percentuais altos, como clínica médica (28%), pediatria (31%), ginecologia (33%), odontologia (49%), fisioterapia (27%), fonoaudiologia (35%).


Das 167,2 mil consultas ofertadas pelo Município houve ausência em 52,3 mil, o que resulta em 38%. Já nas consultas disponibilizadas via convênio com o ambulatório da UPF, a ausência é de 5,9 mil dentre as 22 mil consultas ofertadas, o que representa 23,53%. As consultas com especialistas que os pacientes mais faltam são: dermatologista (38%), pneumologista (38%), endocrinologista (33%), psiquiatra (31%) e oftalmologista (27%).

 

As consultas são marcadas por teleagendamento, um sistema integrado entre unidades de saúde e a Secretaria de Saúde. A intenção é evitar filas e a necessidade de deslocamento dos pacientes. As unidades de saúde também utilizam o teleagendamento para organizar as suas agendas locais. É importante que a comunidade informe e mantenha o telefone atualizado, devido a números que não existem ou não atendem.

 

Como funciona o fluxo para agendamento:
- O paciente é atendido em uma unidade de saúde do município por um médico clínico, o qual identificará a necessidade de encaminhamento para algum especialista;
- Com o encaminhamento em mãos, o paciente vai até o balcão da unidade e é inserido no sistema de teleagendamento;
- A partir do encaminhamento a consulta será de profissionais do município ou de responsabilidade do estado via sistema de regulação, em que é gerado um comprovante de solicitação de consulta;
- Os técnicos da central recebem o pedido e fazem o gerenciamento das vagas para as consultas, seguindo a ordem de recebimento;
- Após agendada a consulta são realizadas ligações para avisar o paciente do agendamento de sua consulta, data, hora e local. 

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