Durma-se num balaio desses
Nunca gostei de nebulosidades sobre os fatores institucionais públicos ou privados. Aliás, a nebulosidade atrapalha o voo democrático ao qual fomos preparados. A vida pública exige retidão e transparência. Golpe, então, nem pensar. O poder é magnético, mas, sabemos muito bem, que a assepsia dos bastidores não é das mais recomendáveis. O clima ao redor do poder corrói como a maresia e corrompe a índole. Além da conspiração e da contra conspiração convivemos sob o prenúncio da teoria conspiratória. Há uma ameaça às instituições quando golpistas e conspiradores ganham evidência. Se estiverem juntos o risco será ainda maior. A justificativa é simples, pois os conspiradores sempre estarão conspirando. E os golpistas, claro, prontos para dar o bote. Então, imaginem um balaio repleto de conspiradores e golpistas chegando ao poder? Ah, nesse balaio ninguém conseguirá dormir. É a espionagem versus a contraespionagem. E, como a conspiração é compulsiva, todos sabem que alguém estaria planejando algo. É um caso de fogo amigo, porém vindo de todos os lados. Nesse balaio não há dança das cadeiras. As cadeiras voam.
São José
No início da noite de sábado, para ir ao Panorâmico entrei num ônibus com a intensão de desembarcar na Polícia Rodoviária. Mas o itinerário era outro e entramos no Bairro São José. Voltas e mais voltas, subidas e descidas num passeio maravilhoso. Nossa! O São José é uma enorme cidade repleta de casas, onde o pessoal se reúne para confraternizar. Em cada quadra havia, no mínimo, uns três locais onde estavam assando uma carne. A maioria era em churrasqueiras nas garagens, mas, numa agradável noite de verão, não faltaram as portáteis nos pátios. Por lá a turma é chegada num churrasco e, obviamente, numa cervejinha também. Quando terminou a excursão, desembarquei próximo ao Panorâmico e já cheguei com água na boca. Errei o ônibus, acertei no passeio. Esse São José não é fraco.
Uma fresca
Após a instalação do ar-condicionado, a vida mudou no Bar Oásis. Para melhor, é claro. O Turcão Iracélio fica um tempão por lá só para “tomar uma fresca”. Dr. Jota até se esquece de ir fechar a janela. O relatório do Lu detecta um aumentou no tempo de permanência dos clientes. Na Mesa Um, por exemplo, aqueles que consumiam um copo de água mineral agora chegam ao abuso de tomar uma garrafinha. O Léo, preocupado com a possibilidade de escassez no mercado, já estuda a importação de água da França. O que não faz um ar-condicionado. Até a Luiza está de volta!
As palavrinhas
Mesmo antes de inventarem a expressão politicamente correto, ela já imperava. Fico impressionado com as palavrinhas que surgiram para determinar aquilo que devemos comer e beber. Diet, light, natural, orgânico, artesanal ou puro malte. Esses dias eu perguntei qual a diferença entre um lanche normal e o artesanal? O garçom não soube responder. Então eu respondi: modismo.
Trilha sonora
A música maravilhosa para um mundo maravilhoso. Katie Melua & Eva Cassidy: What a Wonderful World
Use o link https://bit.ly/1v9Y2Mt