Em dois anos, morreram mais homens que mulheres no trânsito

Dentre as infrações, no mesmo período, 40% foram motivadas pelo consumo de álcool e 34% pelo excesso de velocidade

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Excesso de velocidade é a segunda infração mais cometidade pelos motoristas de Passo FundoExcesso de velocidade é a segunda infração mais cometidade pelos motoristas de Passo Fundo
Excesso de velocidade é a segunda infração mais cometidade pelos motoristas de Passo Fundo
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Em conformidade às estatísticas nacionais que apontam os homens como as principais vítimas dos acidentes de trânsito no país, Passo Fundo registrou 13 mortes em vias urbanas entre as pessoas do sexo masculino. De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do município, o número corresponde aos condutores masculinos que perderam a vida enquanto trafegavam pelas ruas do município nos últimos dois anos (2017 e 2018). As mulheres, porém, foram as mais vitimadas nos acidentes de trânsito em 2018, em comparação aos motoristas do sexo masculino. No ano passado, dos 8 óbitos registrados nos trajetos urbanos, 5 foram mulheres; enquanto que, no ano anterior, dos 16 acidentes com vítimas fatais, 10 foram homens.

 

Esses índices integram um relatório elaborado pela pasta para monitorar a segurança na circulação de veículos e pedestres, como explica a coordenadora da Educação para o Trânsito de Passo Fundo, Raquel Rubio. “A divulgação do perfil das vítimas em acidentes dessa natureza é importante para realizarmos ações de planejamento para evitar que não haja mais fatalidades, ainda que as mortes tenham sido reduzidas pela metade desde que atuamos junto ao programa 'Vidas no Trânsito”, esclarece.

 

Além de observar o perfil, o documento alterou os coeficientes de consideração para mapear os falecimentos no trânsito do município. “Antes, só era contabilizada a morte no local do acidente. Agora, é feita uma monitoria durante 30 dias da pessoa acidentada. Caso ela venha a óbito nesse período, consideramos ela uma vítima do trânsito”, revela Rubio. Conforme a coordenadora, em 2017 metade das vítimas foram idosos, o que motivou a necessidade de realizar um trabalho preventivo com as pessoas nessa faixa etária. “Observamos que, das 16 mortes, 8 eram de pedestres idosos. Por isso, vamos atuar no mote do respeito à faixa de segurança que deve existir entre os pedestres e motoristas”, alerta.

Seja em colisões ou atropelamentos, Rubio aponta que aumentou o número de acidentes durante as madrugadas, no ano passado, mesmo com a atuação de fiscais da Operação Balada Segura. “Houve um aumento de 25% dos registros de condutores acidentados nesse horário e 31% durante a noite. Esses são considerados os períodos do dia onde mais há vítimas fatais”, sinaliza.


Infrações
Das 24 mortes no trânsito passo-fundense, registradas nos dois anos anteriores, 40% delas foram motivadas pelo uso de álcool antes do condutor assumir a direção do veículo; e 34% pelo excesso de velocidade. A infraestrutura das ruas e avenidas da cidade representaram 16% desse total. “Quando não há óbitos, as infrações mais flagradas pelos agentes de trânsito em Passo Fundo, em 2017, foram o estacionamento em local proibido, a ausência do cinto de segurança e as conversas ao celular enquanto os motoristas dirigem”, conta Rubio.

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