Na véspera de completar 60 dias de governo Jair Bolsonaro, os ânimos no Brasil no que diz respeito à retomada da economia dão sinais de que teremos uma recuperação muito positiva em 2019. A oferta de vagas no mercado formal de trabalho tem sido ampliadas, os empresários parecem ter retomado seu apetite para risco e com isso novos investimentos passam a ser considerados. Corrobora para esse clima de otimismo, a continuidade dos projetos de privatização e concessões elaborados ainda no governo Temer, que estão tendo continuidade e serão ampliados no Governo Bolsonaro. Parece que se dissipa no decorrer dos dias e nas atitudes do Governo que o revanchismo ficará de lado e o que irá prevalecer será o bom senso e o melhor para o Brasil.
O projeto apresentado pelo Ministro Sergio Moro, coloca na agenda do país o debate central sobre os carteis do narcotráfico e a as organizações criminosas como elementos, a serem combatidos pelo governo e a discussão desse tema delicado realizado pela sociedade. Cabe ressaltar que não é prudente criminalizar a política e, muito menos colocar todas as laranjas de um mesmo sexto como podres, é necessário discernimento para separar as boas laranja, das laranjas podres.
Na esfera econômica, mesmo que o ministro seja um liberal convicto e de carteirinha, formado em Chicago nos EUA, tem prevalecido o bom senso do Presidente Bolsonaro, um exemplo é a questão da taxação do leite, por conhecer a realidade do país determinou que se taxasse o leite importado para não desestruturar a cadeia leiteira brasileira, apesar desse desentendimento, o mercado não ficou reticente com as práticas do Presidente. A reforma da previdência, outro item relevante, para a sociedade brasileira, teve um novo início de discussão com o protocolo na Câmara dos Deputados de um novo projeto de lei e emenda da constituição, que pretende economizar mais de um trilhão de reais em doze anos, o que permitiria mudar a trajetória crescente da dívida brasileira, estabilizando-a e oportunizando a retomada do grau do investimento pelo país.
Ainda sobre a reforma da previdência, faz-se necessário reconhecer que a expectativa de vida do brasileiro aumento significativamente nos últimos trinta anos. Assim, sendo importante reconhecer que a Constituição de 1988 foi relevante na universalização do acesso das políticas públicas e que as políticas sociais democratas logram êxitos, talvez não na dimensão que gostaríamos, mas melhoraram a qualidade de vida da população do país.
Na política externa, podemos observar uma mudança de alinhamento, parece que estamos retomando um alinhamento externo com os Estados Unidos e com a política defendida por Donald Trump, tal alinhamento se confirmado em sua essência, deverá ser correspondido com grandes investimentos e trocas comerciais que potencializem a troca de tecnologias, pesquisas e inovação em todos os campos do conhecimento. Enfim, o início do novo governo pelo menos na economia parece promissor, os desafios que permanecem é saber o nível de dialogo que o atual governo terá com o congresso nacional, e de fato qual será a prioridade do governo. A reforma da previdência ou o pacote contra o crime organizado. Ao analisar os últimos governos, sempre foram escolhidas prioridades. Acredito que com o atual governo não será diferente, após o carnaval o Brasil irá saber qual é de fato a prioridade do governo federal.