As contradições
Ao faltarmos com a verdade abrimos as portas ao descrédito. Mentir é feio, enganar é traição. Basta uma contradição para colocarmos em risco paixões, amizades, sociedades e carreiras políticas. Mutantes, os seres humanos têm lá suas metamorfoses e, assim, até justificam-se as pequenas contradições. O amadurecimento também pode conduzir às mudanças de opinião, contanto que não representem uma agressão à própria índole. Porém, o inadmissível é mudar de ideia da noite para o dia. Inverter de posição até pode parecer normal, se considerarmos o expressivo volume de políticos que trocam de partidos assim como quem troca de roupa. No futebol isso é conhecido como vira-casaca. O mais intrigante é quando as pessoas mudam suas posições em relação a questões mais relevantes. Ao contradizerem os seus próprios atos demonstram insegurança e falta de personalidade. E é exatamente aí que começa a vigorar o descrédito. Sempre haverá o mistério sobre se o verdadeiro era aquilo diziam antes ou o que passaram a falar depois. Então pairam no ar as dúvidas e começam os questionamentos. Por que mudaram de opinião? Assim desanda a credibilidade e inicia desconfiança, nos permitindo pensar que estariam agindo a mando ou a serviço de alguém. Tudo graças às contradições.
A nossa sazonalidade
No domingo, pouco antes do meio-dia, chamou a minha atenção o intenso movimento de veículos na Avenida Brasil. Havia mais carros do que num dia de semana. O fluxo era nos dois sentidos e quando fechava a sinaleira da Bento, a fila ia muito além da General Netto. Ora, isso raramente acontece. É interessante lembrar que nos domingos reina uma calmaria na Brasil. Mas, além das ruas, também os corredores do Shopping Bella Città estavam congestionados. Isso demonstra que Passo Fundo também vive uma sazonalidade. Final de fevereiro, reinício das aulas e a população aumenta. Da mesma forma, aumenta o faturamento do comércio. Isso tudo graças à semente plantada há mais de meio século. Hoje temos uma lavoura perene e em constante expansão. A educação sempre dá bons frutos.
Salvem o verde
Graças às “maravilhosas” reformas do ensino, impostas entre os anos 1960 e 70, não entendo bulhufas de botânica. Porém, mesmo ao olhar de um leigo, sinto pena das árvores nos canteiros e praças que estão tomadas por parasitas. Sim, outros vegetais as encobrem e sugam sua energia. Enfraquecidos, os galhos apodrecem, encharcam com as chuvas e acabam caindo. Essas frondosas árvores, além de bonitas, são um importante patrimônio ambiental. Será que não há ninguém da área disposto a salvar esses lindos seres vegetais?
Ipê roxo
Casar ou não casar, eis a questão? Algumas formalidades vão perdendo importância. Despojada de exigências, a sociedade ficou menos burocrática. Ou melhor, menos chata e mais realista. Isso significa liberdade de escolha. Sem imposições a vida é mais fácil. Prova disso é um casal de amigos que, finalmente, resolveu ir ao cartório. O papel justificará a lua-de-mel num cruzeiro. Em agradecimento, na volta ele plantará um pé de ipê. Boa viagem.
Trilha sonora
A música portuguesa na interpretação das russas Elmira Kalimullina e Pelageya: Canção do Mar.
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