O terremoto de magnitude 7 graus na escala richter que atingiu o Peru, na manhã de sexta-feira (1º), foi sentido por moradores de Passo Fundo em diversos pontos da cidade. O tremor aconteceu em uma área montanhosa de pequena população, próximo à cidade de Azángaro e da fronteira do país andino com a Bolívia, e foi sentido por moradores passo-fundenses em bairros como São Cristovão, Petrópolis, Maggi de Césaro, São Luiz Gonzaga e nas zonas centrais. De acordo com o professor de Física da Universidade de Passo Fundo (UPF), prof. Me. Álvaro Becker, a explicação está no mapa geográfico da região. “Países como Peru, Bolívia e Chile são mais suscetíveis a abalos sísmicos porque estão próximos a uma grande falha que percorre toda a América do Sul. As camadas mais profundas do solo tremem, e elas têm relação com as daqui. Então, é possível sentir os tremores”, esclarece.
Ainda que raras e mais fracas, as oscilações assustaram os moradores. “Quem está caminhando quase não consegue perceber porque está em solo fofo, mas as vibrações são mais sentidas em prédios altos. Porém, no Brasil não houve registros de abalos mais fortes como as catástrofes de cinema ou a que aconteceu no Haiti porque o país está situado no meio das placas tectônicas”, tranquiliza.
Por que os terremotos acontecem?
O abalo sísmico no Peru ocorreu às 8h50 no horário local (5h50 de Brasília), em uma profundidade de 257,4km sendo classificado pela Sismologia como intermediário. Esses tremores são formados a partir de fortes deslocamentos das placas tectônicas que liberam a energia acumulada no local na forma de energia elástrica propagada em várias direções, fazendo a terra tremer.
O episódio de sexta-feira, no entanto, não foi o primeiro registrado na cidade. Em abril do ano passado, quando houve um terremoto na Bolívia, oscilações foram percebidas em Passo Fundo.