O município de Passo Fundo arrecadou cerca de R$ 8,4 milhões com multas em 2018. O valor foi revertido no pagamento do serviço e do software dos controladores, além da manutenção e compra de equipamentos de segurança para os agentes da secretaria. As infrações mais recorrentes são: estacionamento em local irregular, uso do celular, embriaguez e velocidade. Sendo que os acidentes são provocados, em geral, pela alta velocidade e pela embriaguez de condutores, conforme Gonçalves. Segundo levantamento do Detran, Passo Fundo é a cidade do interior que mais gera multas de trânsito. No ano passado foram aplicadas 114 mil multas. Em 2017, haviam sido 142 mil infrações e em 2016, 176 mil. O secretário alega que o número de notificações está reduzindo porque as pessoas conhecem o funcionamento do trânsito da cidade e, por isso, andam com mais cautela. Em 2018, foram 218,6 milhões de passagens de veículos pelos controladores de velocidade espalhados pela cidade. Segundo o secretário, o número de multas aplicadas pelos controladores é muito baixo, com relação a outras ocorrências.
Acidentes
O número de acidentes de trânsito no perímetro urbano de Passo Fundo caiu 24% nos últimos sete anos. No mesmo período, a frota de veículo aumentou 28,9%. Em 2012, foram 4,3 mil ocorrências. Número que foi caindo gradativamente até atingir 3,2 mil registros no ano passado. Os dados são da Secretaria Municipal de Segurança Pública, com informações do Detran e da Brigada Militar. Os dados confirmam a efetividade e a abordagem interdisciplinar da administração Municipal, conforme o secretário de Segurança Pública, João Darci Gonçalves da Rosa. “É um trabalho feito em conjunto com as secretarias que compõem o grupo de mobilidade urbana aqui do município”, informa. Durante esse período, o trânsito de Passo Fundo sofreu mudanças estruturais, conforme o secretário. Entre elas, Gonçalves destaca o aumento da sinalização, tanto de placas quando de pintura em solo, a colocação de novos semáforos, construção de anéis viários e medidas preventivas realizadas com crianças.
As alterações com relação à sinalização, em especial a construção de novos semáforos, proporcionaram mais segurança para pedestres. Essa medida é importante, conforme o secretário, pelo índice de atropelamentos no município. Em 2015, Esse número chegou a 178 ocorrências. Desde então vem reduzindo, ficando em 73 registros no ano passado. “Normalmente as pessoas que foram atropeladas são idosos, que possuem dificuldade de recuperação depois de uma lesão, e crianças. Focamos na questão dos idosos e das crianças junto com a Escola de Trânsito do município no sentido de alertar eles dos perigos e da importância de atravessar em locais corretos”, acrescenta o secretário.
O número de acidentes fatais na área urbana também reduziu no ano passado, com oito ocorrências. Em 2017, foram 16. O ano em que mais houve acidentes com mortes foi em 2014, com 29 registros. As ocorrências com lesões caíram de 917, em 2012, para 573 em 2018. Os acidentes com danos materiais, mais frequentes, reduziram de 3,2 mil para 2,6 mil no período de sete anos.
“Diminuindo os índices de atropelamento, o aumento da sinalização e melhoria no fluxo das avenidas, proporcionando novas rotas de uso por parte da população e desafogando a Avenida Brasil, buscando desafogar a Presidente Vargas, e outras avenidas movimentadas. Isso tudo se somou para reduziu o número de acidentes”, destacou Gonçalves.