OPINIÃO

Fatos 07.03.2019

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Falta banho de bom senso

O que parecia ser somente uma crítica moralista, pode se transformar em pesadelo político para o presidente Jair Bolsonaro. Não se trata de ter opinião sobre ou se é contra ou a favor, trata-se de ser o presidente do Brasil, cujas condutas inerentes ao cargo devem ser observadas com rigor. Impulsivo e com uma arma na mão chamada Twitter, o presidente não se agradou das críticas que ouviu das ruas durante este carnaval e reagiu com raiva. É indiscutível que há obscenidade na cena registrada no carnaval de São Paulo, mas ela não traduz a festa mais popular do país, e que movimenta turistas de todo o mundo e milhões de reais para o turismo. E muito menos cabe ao presidente reproduzir a cena na sua rede social, espaço utilizado por ele mesmo para anunciar ministros e decisões importantes de governo como a reforma da previdência. Não contente com a repercussão da primeira postagem, na terça-feira à noite, veio a segunda, na quarta-feira, quando ele questiona o que é "golden shower" — a prática de urinar no parceiro. Daí, a rede foi à loucura.

 

Consequências
No momento em que o governo precisa de lucidez para iniciar negociações com o Congresso para votar a reforma da previdência, o descontrole emocional e a falta de estratégia de comunicação não é auspiciosa. Além das críticas de aliados, as brincadeiras e memes inevitáveis, o presidente contribuiu para expor negativamente o país lá fora e provoca mal-estar no núcleo central de governo. Dá munição para a oposição e já se fala em impeachment. Ao jornal O Globo, o jurista Miguel Reale Jr. afirmou, que lei do impeachment, de 1950, prevê crime de responsabilidade se o chefe de Estado "proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo". Só se passaram dois meses do governo...

 

Aliado
Em reunião com o prefeito Luciano Azevedo, o deputado estadual Mateus Wesp reafirmou o compromisso do PSDB com governo municipal. "O partido participa do governo desde o início e reconhece os avanços da gestão. Temos parte nisso. Vamos discutir na hora oportuna as candidaturas e vamos levar em conta a nossa parceria", afirmou Wesp, sinalizando que não está descartada a possibilidade de estar junto com o prefeito em 2020. “O PSDB fica satisfeito em prosseguir nesse projeto da gestão atual colocando-se como parceiro do prefeito na discussão da sucessão”, complementa.

 

Nomes possíveis
Da série nomes que podem ser candidatos a prefeito surge o do professor Adilvo Sordi. Empresário das áreas de saúde, educação e construção civil, médico e professor de cursinho há mais de 30 anos, Sordi tem experiência em gestão, é ligado ao prefeito Luciano e pode ser a carta na manga da atual administração.

 

Proposta
A Semeato apresentou à Justiça uma proposta de parcelamento para pagamento das ações trabalhistas. O documento está sob sigilo. Uma audiência deve ser designada com as partes credoras, oportunidade em que poderão se manifestar se aceitam ou não.

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