O Carnaval é uma festa popular que marca e marcou gerações de foliões. Quantos sonhos, arlequins, pierrôs, confetes e folguedos os carnavais realizados em Passo Fundo já viram? Quantos brilhos, quantos corsos, quantas máscaras? Na intenção de proporcionar um espaço para lembrar o histórico carnavalesco do município, o Instituto Histórico de Passo Fundo, o Museu Histórico Regional e a Secretaria Municipal de Cultura revisitaram seus acervos e em clima de festa organizaram a exposição “Folia: marcas de outros carnavais”.
A mostra, que reúne diferentes peças, de diferentes tempos e procedências, fica aberta para visitação gratuita da comunidade até o dia 6 de abril, de segunda a sexta-feira, das 14h às 17h, na Sala Desdêmona do Teatro Municipal Múcio de Castro. Retiradas do acervo das três instituições, as peças em exibição incluem fantasias, objetos, documentos, recortes de jornais e fotografias que retratam homens, mulheres, crianças, rostos, blocos, reis, rainhas, carros e brincadeiras em comemorações carnavalescas que atravessam gerações. Segundo o secretário geral do IHPF, Djiovan Carvalho, o registro mais antigo é de 1920.
Para os organizadores, a exposição é uma forma de incentivar a reflexão dos passo-fundenses sobre a história local, partindo do entendimento de que pensar na história do carnaval de Passo Fundo é pensar, também, nas memórias de todos nós. Afinal, quem nunca foi levado até os bailes infantis, entrou em um bloco ou dançou ao som de uma marchinha?
Reforma dos museus
Embora a exposição seja organizada em parceria com o MHR, as peças não puderam ser exibidas no espaço da própria instituição. É que desde o fim de fevereiro o complexo que inclui o Museu Histórico Regional e o Museu de Artes Visuais Ruth Schneider está fechado para a realização da substituição total da rede elétrica. Os prédios já haviam sido parcialmente interditados no ano passado, depois que o Ministério Público Estadual ingressou com uma ação na Justiça solicitando a medida, por constatar problemas estruturais no espaço e a falta de um Plano de Prevenção contra Incêndio (PCCI).
Segundo a secretária de Planejamento do município, Ana Paula Wickert, os reparos necessários já estão sendo feitos e devem ser concluídos em no máximo 90 dias. A obra conta com recursos do município e com contrapartida da empresa Havan, que ficou responsável por fornecer todo o material utilizado na substituição como medida compensatória. O investimento total gira em torno de R$ 140 mil.