OPINIÃO

Fatos 16 e 17.03.2019

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Contas

Aos 64 anos, aposentado da Receita Federal, onde trabalhou por 42 anos, Dorlei Maffi vive outra experiência e de muitos desafios no serviço público. Acostumado a tratar somente de arrecadação, como secretário de Finanças do município agora o assunto é outro: as despesas. E com elas crescendo sem parar em anos de crise, o jeito foi fazer um ajuste fino. De 2017 para 2018, o município iniciou um controle maior das contas, resultando, no exercício orçamentário do ano passado, uma redução de 30% nos gastos. Compras, manutenção, contratos de todas as secretarias e departamentos passaram por um pente fino. Antes de comprar uma caneta, era preciso responder, entre outras questões, se realmente era necessário comprar. Somado a isso houve diminuição no número de cargos (CCs) e funções gratificadas, que garantiram também uma redução do comprometimento orçamentário do município com a folha para 50%, abaixo do limite que vinha sendo praticado e que já indicava problemas de responsabilidade. Para 2019, o mesmo rigor será seguido, porque a crise não passou, a instabilidade política ainda é latente e os municípios precisam seguir adiante cuidando de seus cidadãos. 

Só observe!

Observem três nomes no cenário nacional: Rodrigo Maia, DEM, Marcelo Freixo e Guilherme Boulos, PSOL. Os movimentos são em direção a um novo protagonismo político.

Agrada

Agrada aos chefes do Executivo a idéia de desvincular o orçamento. Os municípios têm investido mais do que o recomendado constitucionalmente em áreas como saúde e educação, por conta da falta de repasses dos entes federados superiores. Comprometem a receita e ficam sem margem para investimento. No entanto, é preciso considerar que sem limites legais, áreas essenciais podem receber menos do que deveriam.

Resultados

Foi uma bela feira, com resultados positivos, mas não superaram as expectativas dos organizadores. A expectativa era chegar a R$ 2,7 bilhões em negócios e o valor ficou abaixo: R$ 2,4 bilhões, 200 milhões a mais do que no ano passado. O público foi recorde para um único dia na quarta-feira, foi muito bom na quinta, mas não sexta foi o suficiente para passar três mil a mais do registrado em 2018. Ficou em 268 mil visitantes. Em meio a um cenário ainda dividido e de incertezas, com o cinto apertado de parte do governo, alguns agricultores decidiram não arriscar neste momento, embora outros, com dinheiro na mão viram oportunidade para fazer bons negócios.

Negativo

Dois índices negativos chama a atenção. No Pavilhão Internacional, acostumado a bons negócios, neste ano,o resultado ficou 12% abaixo do valor negociado em 2018. O segmento fehcou R$ R$ 290,7 milhões em novos negócios. Também a Agricultura Familiar, um dos setores mais visitados da feira registrou queda nas vendas na ordem de 3%, fechando um volume de  R$ 1,05 milhão. 

Case

Um único agricultor, de Vacaria comprou R$ 18 milhões em máquinas. Foram 7 colheitadeiras, 5 pulverizadores, 3 tratores e 8 plataformas. Os negócios se deram na Meta Agrícola, Concessionária CASE IN para Passo Fundo e região, que acabou ficando com o recorde de vendas da 20ª Expodireto Cotrijal.

Primeiro projeto

O primeiro projeto pode dizer muito sobre um político. O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, apresentou na quarta-feira, 13, o seu primeiro projeto, que propõe flexibilizar as regras para instalação de fábricas no Brasil destinadas à produção de armas de fogo e de munições. Em vigor desde julho de 1934, a atual legislação proíbe, já em seu primeiro artigo, a instalação desse tipo de indústria. Para ele, as alterações propostas em seu texto, "além de corrigirem as distorções existentes, devem ampliar e contribuir para o impulso à indústria de defesa nacional, elevando os patamares de competitividade, pesquisa, produção, desenvolvimento de tecnologia e excelência, aumentando a capacidade produtiva e tornando o Brasil mais competitivo junto ao mercado externo".

Matagal

Em frente ao Serviço de Atendimento Especializado da secretaria da saúde e na esquina da Vigilância Sanitária, na rua Silva Jardim, existe um matagal, propício a proliferação de mosquitos causadores de doenças como dengue. Leitor da coluna envia a foto e questiona o seguinte: “Agora tu imagina se a Vigilância Sanitária tem que combater os mosquitos, e deixa uma situação dessas a 50 metros de onde está instalada... É triste”.

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