Familiares iniciam campanha para ajudar bebê internado no CTI

As complicações na saúde da crianças decorrem da baixa imunidade do organismo

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Divulgação/Arquivo PessoalDivulgação/Arquivo Pessoal
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Os corredores frígidos do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) têm sido, há quatro dias, um reduto de aflição e esperança para Caroline Oliveira e seu marido, Wellington Lang. 

 

Internado no Centro de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal desde sábado (16), o filho do jovem casal, Arthur Lourenzo da Silveira Lang, apresenta um quadro infeccioso que, conforme a variação do estado clínico, paraliza determinados órgãos. O bebê de um ano e três meses, completados no último dia 12, foi diagnosticado logo nos primeiros dias de vida com Síndrome de Down e Defeito do Septo Atrioventricular. A cirurgia para a correção da obstrução das válvulas cardíacas seria realizada no dia 4 de abril, em Porto Alegre, como conta Caroline. “Ele tem uma válvula única que seria separada. Ele também tem hipertensão pulmar e sopro. Nós já o internamos sete vezes, mas nenhuma tão grave quanto agora”, desabafa. A ida, porém, é condicionada agora à evolução do pequeno.

 

Essas complicações na saúde de Arthur decorrem da baixa imunidade do organismo e soma-se à cardiopatia e ao distúrbio genético apresentado pelo pequeno paciente, segundo a pediatra e coordenadora da CTI Pediátrica e Neonatal do HSVP, Denise Fronza.

 

O procedimento cirúrgico de urgência e o delicado quadro clínico que necessita de transfusões de sangue deram início a uma campanha de sensibilização nas redes sociais. “Logo depois que eu fiz o pedido, muitas pessoas que eu nem conhecia me mandaram fotos dizendo que estavam doando em nome dele”, relata Caroline.

 

Em uma das cadeiras na entrada da ala hospitalar, mãe e pai exibem algumas fotos de Arthur enquanto narram a força do menino sorridente que aparece nas imagens. “Em quatro dias, ele teve três paradas cardíacas que chegaram a durar 20 minutos, mas a gente pede muito para não parar a reanimação porque ele está firme e forte. Ele quer vencer”, declara a mãe, com a voz embargada.

 

A esperança, no entanto, não vem apenas através da medicina. O casal conta que, além das doações de sangue, recebe muita solidariedade e afeto de pessoas que os encontram, diariamente, no hospital. “Outro dia, uma senhora me entregou um santinho, que eu coloquei ao lado da caminha do Arthur. A gente tem muita fé porque ele tem muita vontade de viver”, enfatiza Caroline.

 

Doações para reposição
Embora o Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) tenha bolsas de sangue capazes de atender a todos os pacientes, inclusive o pequeno Arthur cuja tipagem sanguínea é A+, as doações de resposição do estoque podem ser feitas no Serviço de Hemoterapia, das 8h às 15h. Quando feitas em grupo e de forma periódica, as bolsas se mantém por um período maior em função da validade dos hemocomponentes.

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