Toda a comunidade está convidada para neste sábado (30), conhecer um pouco mais da cultura dos senegaleses que vivem no município. O grupo vai receber o líder religioso Mame Thierno Imam Mbacké, que veio do Senegal, na África, para uma caminhada de paz e da religiosidade. “Para que os passo-fundenses saibam que estamos aqui somente pela paz e que eles entendam um pouco da nossa vida cultural. Sensibilizar as pessoas que confundem nossa cultura com outras”, ressalta o senegales, responsável pela organização do evento, ABou bamba Kara.
Hoje, Passo Fundo tem aproximadamente 300 senegaleses que vieram para o município em busca de melhores condições de vida e para sustentar os familiares que ficaram no país de origem. “O que é mais difícil aqui é a língua, porque todos nós chegamos aqui sem falar portugês, sem falar nada. Mas nós ganhamos muita experiência em conhecer outro país, outra cultura e outras crenças”, finaliza ABou que chegou na cidade em 2015 e hoje já consegue se comunicar muito bem na língua. Na região, são mais de 750 senegaleses, que começaram a imigrar para o país a partir de 2013.
Como participar da caminhada
A Caminhada pela Paz tem início às 15h30min na praça Tochetto e segue até o hotel Ibis, onde será feito o caminho de volta com encontro novamente na praça. Às 17h começa então as cantações religiosas, com o uso dos tradicionais tambores, também na praça Tochetto. Será uma tarde repleta de atividade para a comunidade aprender mais sobre a cultura senegalesa. “Estamos propagando a mensagem de solidariedade, justiça, transparência, tolerância, trabalho com dignidade e amor em Deus”, acrescenta ABou.
São esperadas aproxidamente 200 pessoas, já que senegaleses de outros municípios vizinhos também devem vir acompanhar a caminhada.
Quem é Mame Mbacké
O líder religioso Mame Thierno Imam Mbacké é bisneto de Sergine Touba, conhecido também como Bamba - líder pacifista que lutou pela liberdade do Senegal contra a colonização francesa sem diretamente apoiar batalhas físicas contra os franceses como outros líderes muçulmanos da região o fizeram na época.
