OPINIÃO

Planalto

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Há que se registrar os cinquenta exitosos anos de existência da Rádio Planalto de Passo Fundo. E quero fazê-lo a partir de minhas vivências que, com certeza, assemelham-se a de tantos de minhas gerações.


Em 1970 vim morar em Passo Fundo, quando a Planalto tinha 11 meses de existência. Meu pai apegou-se à Rádio Passo Fundo em função do esporte. Era esse nosso mundo: Guaíba e Planalto. Em Porto tinha o pessoal do futebol, mais Sergio Jocymann e Flavio Alcaraz Gomes. Aqui tinha Meirelles, Elio e Jaime, Santarém. Minha liga com a jovem rádio foi a partir de José Ernani e seu inebriante A Grande Parada, lance legal, tal qual havia na rádio progresso de Ijuí (Os Campeões da Simpatia). Ernani não era apenas comunicador, era um estudioso-pesquisador e de alta sensibilidade, sabia como atingir os variados gostos musicais. De 1976 em diante passei a acompanhar, sempre que possível, a programação que tinha os aveludados Guaraci Teixeira e Oliveira Júnior (vozes de FM), Walter Mick, o suingue contaminador de Walter Filho. Oliveira Junior viria a ser meu colega de cursinho (Gama) e colega de faculdade e com ele aprendi a gostar das músicas orquestradas e da voz de Tony Benett. Nas manhãs da semana ouvi o lançamento de Another Day (McCartney) e My Sweet Lord (George); ouvi o lançamento do ABBA (I do, I do, I do, I do, I do), Only The Strong Survive (Billy Paul), além de Gloria Gaynor, tina Turner e Charles, Barry White... Em 1980 comecei a acompanhar a filosofia de comunicação de Paulo Augusto Farina (Recolhimento), em sua pétalas matinais. No começo dos anos 90 a Rádio seguiu a batuta de meu colega de republica e amigo pessoal Daltro Wesp, debates, política... e veio a era de Marco Mattos (outro amigo pessoal) e o despertar de Luis Carlos Carvalho. Na progressão e pela instalação dos programas esportivos vim a ter convivência com Ben-Hur e Ari Machado.


Tive um programa de informes médicos com Julio Rosa (Enquanto o Médico Não Vem) e atendendo ao convite de Edeson Scandolara comecei a frequentar o Debate 730 na companhia deste, Elmar Floss, Cesar Lopes (Meclo). Depois, vieram Osmar Teixeira, Claudio Della Méa, Tadeu Karczeski.


Houve um hiato de programação pela troca de direção e retomamos, após alguns anos, nas quartas, na companhia de Ari Machado, Marcos Susin e José Carlos Carles.


Minha homenagem à Rádio e sua direção faz-se pelo agradecimento aos incontáveis momentos de musicalidade e informação, pela qualidade de seu material humano, aqueles que fazem pulsar a comunidade fiel de ouvintes, A rádio nasceu inovadora, uma FM em uma AM, implantou uma programação de debates e informativos constantes que contrastavam com a famigerada execução permanente de programas musicais, alguns de péssimo gosto, aliás. É preciso se reinventar, a Planalto inovou e se renova, essa é a sua missão. Obrigado e parabéns.

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