Nossas marcas preferidas
Somos apaixonados por marcas e as marcas marcam em nossas vidas. Meados da década de 1970, portanto bem jovens, íamos de Erechim a Getúlio Vargas e, propositadamente, pedíamos uma Brahma. Nossa, ouvíamos poucas e boas. Aquilo soava como uma ofensa, pois estávamos na terra da Serramalte. Então saboreávamos uma Serramalte Extra Luxo. Quando cheguei a Passo Fundo já tinha uma preferência pela Antárctica. Mas aqui era uma raridade encontrar uma Pilsen Extra ou uma Pilsner Chopp, a conhecida Chopinho. Ora, Passo Fundo tinha a fábrica da Brahma que, portanto, dominava o mercado. Além disso, quando você estava tomando outra cerveja em um restaurante, logo depois o garçom trazia uma Brahma enviada pelo pessoal da cervejaria. A linha de frente da Brahma fazia um trabalho impecável. Não foi diferente na famosa guerra dos refrigerantes cola. Naquela época encontrava Coca-Cola apenas em dois bares da cidade. Aqui havia a fábrica da Pepsi que reinava ao lado da Mirinda. A Coca começou a ganhar espaço a partir de 1980, quando instalou em Passo Fundo um depósito da própria fábrica. Voltando ao colarinho branco, houve época em que conseguíamos uma Polar Export, vinda de Estrela, o que era uma raridade por essas bandas. Como clientes, éramos fiéis às nossas marcas prediletas. Mas logo a Antárctica comprou a Serramalte e a Polar. Aí tínhamos duas vertentes: os apreciadores da linha Antárctica e os da linha Brahma. Então, em 1999, as duas se uniram, formaram a Ambev e misturaram os nossos rótulos prediletos. Mas, como gostos e preferências não se discutem, ainda mantenho as minhas predileções. Porém, ainda é grande a saudade da Pilsen Extra e da Chopinho da Antárctica.
Arco-íris
Em muitos momentos da minha vida, já vi patrulhas, patrulheiros e patrulhamentos. Além disso, em épocas de exceção, havia arapongas e faltava gesso para tantos dedos em riste. Mas nunca vi tamanho patrulhamento ideológico como agora. Aliás, um patrulhamento muito distante do sentido ideológico. Os radicalismos que observo não aceitam o controverso e confundem debates com ataques. É aquilo que classificamos como discussão de piá bobo. Uma implicância infantil que respinga até no espectro solar. E vai muito além do bate-boca entre cor-de-rosa e azul. Enquanto uns se acham proprietários do verde, outros têm um branco na memória e respondem com um sorriso amarelo. Alguns até pensam que teriam sangue azul e laranja para outros seria ofensa. Há, ainda, aqueles que por qualquer coisinha, ficam vermelhos de raiva. Assim, nessa guerra das cores, temos que cuidar até a cor da roupa que usamos. Em meio a esse exagerado patrulhamento, meu medo é que alguém acabe com o olho roxo. Ora, isso não é discussão política. A política visa à garantia da felicidade coletiva. E a felicidade é transparente e pode ser multicolorida.
Vanguarda cinquentona
Em 1967, com apenas 11 anos de idade, eu já apresentava um programa infantil na Rádio Erechim. Sempre estava com o rádio ligado e ligado ao rádio. Mas foi em 1979 que tive o privilégio de integrar a equipe da melhor rádio do interior do estado. Desembarquei poucos dias depois de a emissora completar 10 anos. Cheguei à Rádio Planalto há exatos 40 anos. Na semana passada a Planalto completou 50 anos. E, como o destino tem suas ironias, o seu fundador nos deixou no início deste ano. Sim, por pouco mais de dois meses, o Padre Paulo Augusto Farina perdeu as comemorações do cinquentenário da sua querida Planalto. Que pena. Ele construiu uma rádio, montou uma equipe e sempre exigiu uma programação de qualidade. Repito: qualidade! E não era pouca coisa, pois nos espelhávamos nas rádios Guaíba e Jornal do Brasil. Bons tempos. Mas o tempo passou. Bateu saudades, é claro. A nossa vanguarda de ontem, hoje já é cinquentenária. Então, comemorando, meu abraço aos colegas que hoje atuam na Planalto.
Enfim, Iracélio
Para aqueles que ainda não conheciam, aqui está ele. Sim, Iracélio ao lado de Acioly Rösing no Bar Oásis. Aliás, o Turcão está sempre junto ao Acioly. Segundo os comentários, há indícios de que Iracélio apresente uma espécie de relatório semana para a Tânia. Pura intriga da oposição. Essa dupla é afinada e de longa data toca de ouvido.
Mesa Um
A primeira sessão ordinária de 2019 da Mesa Um do Oásis já está agendada. Será na próxima quinta-feira, 11, tendo como paraninfo do encontro Joãozinho Waihrich.
Trilha sonora
Do Montreux Jazz Festival, edição 1984, Sade - Why Can't We Live Together?
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