Ignorantes acima da ignorância
Quando a ignorância vem à tona, certamente, existem motivos para isso. Discordo da definição simplista de que a ignorância seja apenas a falta de conhecimentos. A ignorância mais contundente é aquela que, propositadamente, vai contra o conhecimento. Porém, torna-se ainda mais grave quando essa conduta tem por objetivo não permitir ou restringir a evolução de alguns. Agir ou ser contrário à pesquisa, ciência e aprendizado é, no mínimo, coisa de ignorante. E, neste caso, a expressão ignorante também merece uma reavaliação. Não são apenas aquelas pessoas que não receberam os ensinamentos básicos. Ao contrário, são seres recalcados que, em um entendimento de difícil e até contraditória compreensão, acham que a evolução intelectual é uma ameaça. Ora, isso é retrocesso explícito. Com essa mentalidade, logo voltaremos aos tempos das cavernas. Mas, observando àqueles que se sentem incomodados com o aprendizado dos outros, fica visível um comportamento de pessoas mesquinhas, de mal com a vida e egoístas. Um egoísmo vergonhoso em não aceitar para os filhos dos outros aquilo que é bom para os seus filhos. Isso, sim, é o maior atestado de ignorância.
Fiscalizar
As pessoas aplaudem as grandes operações, algumas excessivamente midiáticas, mas se esquecem do cotidiano. Sim, isso já virou rotina. Operações são necessárias, porque na prática representam o exercício da fiscalização. Isso comprova a importância da fiscalização em nosso meio. Fico pasmo ao observar abusos no trânsito, na ocupação do passeio público, nos estridentes alto-falantes que circulam por aí e tantas outras irregularidades que passam a lo largo de um controle. Ora, a fiscalização básica, aquela que faz parte do nosso dia a dia, é a sustentação que protege o exercício regular da cidadania. Poderíamos começar com pequenas ações para evitar infrações graves no trânsito. Exemplos não faltam. Basta ficar numa esquina à noite e observar o desrespeito às proibições de sentido. Já é praxe dobrar onde não é permitido. Irregularidades perigosas que podem ter trágicas consequências. Resumindo, vamos fazer primeiro o dever de casa. Depois, sim, vamos dar atenção às ações midiáticas.
Pulguinha
Existem situações que atiçam a velha pulguinha atrás da orelha. Isso ocorre quando do nada surge alguém para o inesperado. A pulga provoca ainda mais coceira quando se trata de espaço público. E se esse alguém tiver mais ligações com o setor público, então a pobre pulga começa a surtar. Sabe a expressão “caiu de paraquedas?” Essa, então, atiça até mesmo as mais dóceis pulgas auriculares. Pois bem, noto que os insetos saltitantes andam muito agitados. Não apenas quando pulam, mas, especialmente, quando pousam. Atrás das orelhas, as pulguinhas têm audição privilegiada e ouvem bem mais do que podemos imaginar.
Mesa Um
Aberta a temporada de encontros da Mesa Um do Bar Oásis. Na quinta-feira, 11, foi realizada a primeira Sessão Solene do ano. O paraninfo foi o confrade João Carlos Waihrich, que recebeu a mais eclética confraria de Passo Fundo. Num maravilhoso churrasco, não faltou um cordeiro pré-elaborado pelo expert Joãozinho. O encontro foi um sucesso, atraindo integrantes da Mesa Um que há tempos não assinavam a ata. Nem mesmo a queda de um poste numa esquina da Vergueiro atrapalhou a reunião. Ao contrário, o início da recepção até ganhou uma dose de intimidade com luz de velas. Tudo perfeito. João Waihrich abriu com chave de ouro e a temporada 2019 promete
Iracélio
Após a publicação na coluna de uma foto do Turcão Iracélio, a vida no Oásis nunca mais será a mesma. Ele ficou impressionado com a repercussão. Tanto que, definitivamente, atirou para bem longe os resíduos da modéstia que ainda lhe restavam. “Bah, O Nacional não é fraco”. Então perguntei por quê? A resposta foi na tampa. “Já tive que dar autógrafo para um monte de gente”, disse com a maior naturalidade. Bem feito. Agora, aguentem o Iracélio.
Civilidade
Se o chavão diz que esporte é saúde, para mim tem uma concepção ainda mais ampla. É a civilidade. Isso agora impera no futebol passo-fundense. Domingo, o jogo entre Gaúcho e Cruz Alta foi assistido pelo técnico Paulo Porto junto ao vice presidente do Passo Fundo, Domingo Morello. Ao final da partida, dirigentes do Cruz Alta e familiares procuraram o presidente do Gaúcho, Augusto Ricardo Ghion Júnior, para agradecer pela cordialidade e atenção que desta vez receberam na Arena. Isso, sim, é civilidade.
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Trilha sonora
Ao sax do italiano Gil Ventura: Une Belle Histoire
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