Se você é do tipo “mais família” e cresceu em uma casa bem espaçosa, talvez tenha boas lembranças de todos reunidos nos almoços de finais de semana. Recordações como essas te ajudam a associar o espaço físico aos momentos felizes de confraternização tornando muito mais difícil imaginar o mesmo bem-estar em apartamentos de 30, 40 ou 50m². Acontece que o perfil das famílias brasileiras mudou bastante nas últimas décadas afetando também muitas de nossas necessidades. Espaço é uma delas e explica bem o fenômeno dos imóveis compactos.
Primeiro porque é grande o número de pessoas morando sozinhas e de casais que optam por não terem filhos ou se tornarem pais ou mães mais tarde. Segundo o IBGE, em 2015, 19,9% dos lares brasileiros era composto apenas por casais sem filhos, enquanto que em 14,4% das casas só havia um morador. Outro dado do IBGE surpreende pelo número de pessoas morando em uma mesma casa. Até 2017 havia, em média, 3 moradores por domicílio. Mas não precisamos ir muito longe para saber que esse perfil vem se mantendo e refletindo muito na atuação do ramo imobiliário. Na Bortolini, só os imóveis de dois dormitórios foram responsáveis por cerca de 20% das vendas em 2018. Uma busca bem específica que também se destaca no setor de locação e promete marcar os lançamentos deste ano.
A rotina dos moradores desses imóveis é inevitavelmente diferente de configurações familiares maiores, assim como sua relação com o próprio lar. Para quem mora sozinho e passa boa parte do dia fora de casa, o tamanho pode não ser uma prioridade, desde que o espaço supra suas principais necessidades. Para estes clientes, pode até não importar a falta de uma área de serviço ou morar em um apartamento todo integrado, se for possível relaxar, cozinhar, estudar e se divertir dentro de 30m², por exemplo.
A preferência por apartamentos menores também vem de famílias com até dois filhos que, além de não precisarem de muito espaço, preferem aproveitar o tempo livre fora de casa. Mas será possível viver em um lugar mais limitado com criança? Adaptando algumas coisas, é sim. E isso não significa fazer um grande esforço, já que o próprio mercado da construção civil traz propostas muito interessantes que acabam liberando o espaço privativo. Como guardar as bicicletas das crianças? Como ter um quarto para os brinquedos? Nada que um condomínio com bicicletário, uma brinquedoteca e um playground não possa resolver. E é justamente nesses espaços de lazer que as construtoras estão investindo cada vez mais, seja para suprir os menores espaços privativos ou mesmo para proporcionar experiências que os moradores talvez não tivessem se contassem com apartamentos maiores e uma área de lazer mais simples. Para isso, oferecem opções já conhecidas e outras que ainda são novidades aqui em Passo Fundo, como área pet, cinema, spa e até mesmo espaços com funções mais práticas para o cotidiano, como escritório, lavanderia e outros.
Sem falar no trabalho de arquitetos e marceneiros que através de um bom planejamento são capazes de aproveitar os mínimos espaços de um apartamento. Com uma mobília toda projetada exclusivamente para o ambiente, cada metro quadrado é melhor aproveitado ganhando mais funcionalidade, sem prejudicar as áreas de circulação. Por isso, não é rara a surpresa de clientes que visitam um mesmo lugar antes e depois de cuidadosamente mobiliado. Como muitos dizem, “nem parece o mesmo apartamento”. Então por que não considerar os imóveis compactos como boas opções de compra?