Futuros policiais simulam situações das ruas em treinamentos

No curso de oito meses, são realizadas aulas de tiro, capacitação para o uso de granadas e munições não-letais, além de matérias teóricas que envolvem a legislação brasileira

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Os alunos-soldados do 1º Batalhão Rodoviário da Brigada Militar (BRBM) realizaram um treinamento de controle de distúrbio civil, para a atuação em operações de choque. Na aula prática, que ocorreu na tarde de ontem (25), os 28 soldados tiveram que barrar com os escudos a pressão de 15 quilos de água, lançada pelo caminhão do Corpo de Bombeiros. O objetivo principal da ação foi para que percebessem a necessidade de ajuste do equipamento, da força necessária para manusear e analisar que um erro pode comprometer a atuação dos demais.

 

De acordo com o major da BRBM, Darci Bugs, os alunos do curso são submetidos a situações das quais eles possam se deparar no dia-a-dia. Em sequência, os alunos teriam que enfrentar um grupo de manifestantes, com três barricadas, além da simulação de sirenes, fogos de artifício e fogo. “Se um escudo balança, entra água para os demais. Então, é uma série de dificuldades que eles vão ter que driblar para avançar”, ressalta o major. Na situação, os alunos-soldados não estavam fazendo a utilização de munições de baixa letalidade, como granada e tiro de borracha, “aqui é para sentir a pressão de atuar em um cenário de confronto urbano”, acrescenta.

 

O aluno-soldado Amaral, vindo de Cascavel/PR, explica que muitas vezes os militantes confrontam com toda a força, e por isso é necessário estar preparado para as situações adversas. “Ele não vai pensar se a gente tem família, se vai machucar nós, eles vão vir para cima. O treinamento é importante para nós sentirmos na pele a força, muitas vezes os militantes jogam pedra, frutas ou fazem xingamentos, e o soldado tem que estar preparado e, principalmente ter o autocontrole emocional”, pontua o aluno, que ressalta ainda é necessário estar atento para não agredir as pessoas de um forma que possa prejudicar a integridade física da mesma. Através dos meios não-letais da força, o objetivo da tropa é evitar um conflito maior.


Treinamento
O curso realizado com os alunos-soldados do 1º Batalhão Rodoviário, tem duração de cerca de oito meses, com 35h/aula. Este, que iniciou em novembro do ano passado, deve finalizar no final de julho. No processo, são realizadas aulas de tiro, de tecnologias de menor potencial ofensivo - uso de granadas e munições não-letais, além das matérias de legislação, como direito penal, constitucional e administrativo. Ainda dentro das aulas práticas, tem policiamento motorizado e no início do curso a ordem unida, para que os soldados possam se adaptar com a vida militar.

 

Os soldados, vindos de diferentes partes do país, podem estarão aptos para trabalhar em área rodoviária, urbana e de choque. “A gente está procurando formar a melhor tropa possível para atender com toda maestria possível a sociedade daqui a alguns meses. Eles se formam em julho e a gente quer poder treiná-los para que eles possam prestar um serviço exelente para a sociedade e trazer mais segurança para o nosso Estado”, acentua o major Bugs.

 

Segundo o aluno-soldado, Amaral, as aulas teóricas auxiliam também na hora de enquadrar um indivíduo em determinada situação. “Constantemente nós temos treinamento com tiro, mas dentro de sala de aula nós vemos sobre as leis, nos ramos da lei antidrogas, Maria da Penha, e muito também relacionado ao trânsito. Para que quando nós formos para rua, sabermos analisar qual a determinada situação que está ocorrendo com o cidadão de bem, e podermos autuar e fazer a prisão em flagrante do demais indivíduo, tudo dentro da legalidade, visando o bem do cidadão”, finaliza Amaral.

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